O Corinthians acumula mais duas condenações da FIFA relacionadas a pendências financeiras com Rodrigo Garro e Félix Torres. As multas, movidas por Talleres, da Argentina, e Santos Laguna, do México, totalizam 9,4 milhões de dólares (R$ 55 milhões). Segundo informações divulgadas, o clube não cumpriu acordos firmados, gerando críticas públicas sobre sua postura em negociações internacionais.
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Flavio Prado, comunicador esportivo, reforçou a insatisfação com a gestão corintiana. Em vídeo no Instagram, ele destacou que o time não apresentou justificativas consistentes para os atrasos. Além disso, mencionou o descontentamento do presidente do Talleres, que lamentou ter fechado negócio com o Corinthians devido à falta de compromisso com os pagamentos.
Estratégias jurídicas e repercussões nas negociações
No caso de Félix Torres, o Santos Laguna exigiu o pagamento integral após o não cumprimento de uma parcela. O Corinthians, por sua vez, não contestou a dívida, mas recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) para suspender a cobrança.
A diretoria alega que o recurso pode postergar as obrigações financeiras, estratégia já observada em gestões anteriores. “Com o Félix Torres, o Corinthians nem alegou nada. Simplesmente disse que comprou, não pagou, perdeu, mas está apelando”, destacou.
Plano de pagamento em dez anos é mencionado
Recentemente, o Corinthians anunciou um plano de reabilitação financeira para liquidar dívidas em até dez anos, mediante aprovação judicial. Embora a iniciativa seja tecnicamente válida, o comentarista questionou a efetividade do compromisso.
Desse modo, Flavio Prado avaliou que a gestão atual, comandada por Augusto Melo, mantém uma “cartilha” de postergar pagamentos, prática herdada de administrações passadas.
“Agora, o Corinthians entra com um plano de reabilitação na Justiça brasileira para pagar suas dívidas com os credores em 10 anos. Isso é legal, faz parte. Desde que haja intenção de pagar, o que a gente duvida muito. O problema é que o Corinthians se acostumou a dar calotes. Começou nas gestões anteriores, e o Augusto Melo está levando à risca essa cartilha”, apontou.