Leonardo Gaciba, comentarista de arbitragem nos canais ESPN e ex-árbitro da FIFA que presidiu a Comissão de Arbitragem da CBF entre 2019 e 2021, manifestou sua concordância com a decisão de não haver intervenção do VAR no momento mais controverso do clássico entre Cruzeiro e Atlético, ocorrido neste domingo (9/2) no Mineirão.
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Segundo Gaciba, a falta cometida pelo zagueiro atleticano Lyanco sobre o atacante do Cruzeiro, Dudu, não configurou uma infração que justificasse a expulsão, e portanto, não havia necessidade de o VAR chamar o árbitro para revisar a jogada.
“Não tenho dúvida que o pisão aconteceu. Poderia ter evitado? Creio que sim, que o Lyanco poderia ter evitado. Foi doloso? Não sei, não consigo cravar 100% se existiu dolo na atitude dele”, diz Gaciba, em sua análise para a ESPN.
“Mas eu vejo ato hostil nesta jogada. Não consigo caracterizar como conduta agressiva. E essa é a diferença básica. Ato hostil deve ser punido com cartão amarelo. Conduta agressiva deve ser punida com cartão vermelho”.
“Na minha opinião, correta a atitude do árbitro de vídeo em não chamar o Felipe Lima para apresentar o cartão vermelho pelo fato de não se caracterizar conduta agressiva.
Ele observa, no entanto, que a situação merecia, pelo menos, a aplicação de um cartão amarelo a Lyanco e acredita que o árbitro Felipe Fernandes de Lima cometeu um erro ao não aplicar essa sanção.
“O campo, sim, deveria ter percebido e apresentado o cartão amarelo por existir ato hostil na jogada”.
Por outro lado, o Cruzeiro discorda dessa análise. O clube protocolou uma reclamação formal junto à Federação Mineira de Futebol (FMF) direcionada à equipe de arbitragem que participou na partida, na qual o Atlético venceu por 2 a 0, com gols de Hulk.
A Raposa declara que “ocorreu um erro grave em uma jogada ocorrida aos 17 minutos do primeiro tempo, quando o VAR deveria ter intervindo e recomendado a revisão do lance que resultaria na expulsão de um jogador adversário”.
O Cruzeiro também comunicou à FMF que pediu gravações da conversa entre o time do VAR e o árbitro Felipe Fernandes de Lima durante a análise de momentos cruciais do jogo, como a expulsão do atacante Gabigol.
