Flamengo se une com outros clubes para promover alteração importante

Ninho do Urubu (Foto: Reprodução)

Clubes da Série A do Campeonato Brasileiro estão se mobilizando para propor a proibição do uso de gramado sintético na competição. A articulação, liderada pelo Flamengo, ganhou força após um protesto de diversos jogadores, que se posicionaram publicamente contra esse tipo de superfície nos estádios.

Conforme apurado, a proposta será levada ao Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), previsto para ocorrer na próxima semana ou logo após o Carnaval. A ideia é que a mudança não ocorra de forma imediata. Os clubes que utilizam gramado sintético receberiam um prazo para realizar a troca pela grama natural.

Atualmente, Palmeiras, Botafogo e Atlético-MG são as únicas equipes da elite do futebol nacional que adotam a superfície artificial. Caso a proposta seja aprovada, esses clubes precisarão adequar seus estádios.

A mobilização dos clubes aconteceu após uma campanha iniciada por jogadores como Neymar, Gabigol, Dudu, Gerson e Arrascaeta, que manifestaram insatisfação com os campos sintéticos por meio de postagens nas redes sociais. O Flamengo, por exemplo, contou com a adesão de diversos atletas, incluindo Luiz Araújo, Pedro, Bruno Henrique, Matheus Gonçalves e Matheus Cunha.

Dirigentes dos clubes envolvidos demonstraram otimismo quanto à aprovação da medida. Segundo eles, há consenso de que a grama natural proporciona melhores condições para a prática do futebol, além de reduzir riscos de lesões.

Em resposta à repercussão do movimento, o Palmeiras emitiu uma nota oficial defendendo o uso do gramado sintético, ressaltando que a superfície está de acordo com os padrões da Fifa e visa garantir boas condições de jogo ao longo do ano.

O Atlético-MG, prestes a inaugurar a grama sintética na Arena MRV, seguiu o mesmo caminho do Palmeiras e também emitiu um comunicado sobre a manifestação dos atletas.

“O Clube respeita a opinião desses atletas, porém ressalta que não há estudos científicos que comprovem aumento do risco de lesões em gramados artificiais”.