Nos últimos dias, um movimento ganhou força nas redes sociais, mobilizando jogadores de diversos clubes brasileiros contra o uso de gramados sintéticos. O protesto, intitulado “futebol profissional não se joga em gramado sintético”, foi abraçado por parte do elenco do Corinthians, destacando a preocupação dos atletas com as lesões causadas por esses campos artificiais.
Notícias mais lidas:
Por que os jogadores estão se manifestando?
Memphis Depay, Rodrigo Garro, Yuri Alberto, André Carrillo e outros membros do time alvinegro se juntaram ao protesto coordenado, evidenciando que o tema é um assunto frequentemente debatido entre os jogadores em conversas informais e nos vestiários. A principal motivação por trás da adesão ao movimento é o temor de lesões graves, especialmente em campos sintéticos, que, segundo os atletas, aumentam os riscos de contusões.
A visão do Corinthians sobre o impacto dos gramados sintéticos
Apesar da adesão ao movimento, o elenco corintiano não tem apresentado muitas queixas sobre os campos sintéticos durante as competições. Isso porque, segundo apuração do UOL, a comissão técnica do Corinthians tem um trabalho eficaz para minimizar os impactos dos gramados artificiais. O controle rigoroso da minutagem de jogadores com algum desgaste muscular, aliado ao trabalho dedicado dos fisioterapeutas do clube, ajuda a manter os atletas em boa forma e a evitar lesões.
Pacaembu: uma exceção entre os campos sintéticos
Além disso, em relação aos campos sintéticos, os jogadores do Corinthians destacaram o gramado do Pacaembu como o melhor entre os campos artificiais. Durante o empate de 2 a 2 contra a Portuguesa, no último sábado (15), pelo Campeonato Paulista, o time elogiu a qualidade do campo. Talles Magno, atacante do Timão, compartilhou sua opinião sobre o gramado, mas ressaltou que, apesar de bom, “todo sintético é perigoso”. Ele tem um histórico de lesões no joelho nas temporadas 2020-2021 e 2024, o que torna sua opinião ainda mais relevante.
“Conversando com o pessoal, perguntando sobre o gramado, eu particularmente gostei. Todos falaram que o gramado estava bom, que é bom de jogar aqui, mas que também é perigoso, qualquer sintético é perigoso. Eu só vi que a área de aquecimento lá estava um pouco dura, mas o campo ali, em si, estava bom e gostoso de jogar”, afirmou Talles Magno em zona mista.
Sendo assim, a preocupação com os gramados sintéticos continua sendo um tema relevante no futebol brasileiro. Apesar dos esforços da comissão técnica do Corinthians para minimizar os riscos, os jogadores ainda demonstram receio quanto às consequências do uso desses campos.