O debate sobre gramados sintéticos nos estádios brasileiros voltou a ganhar força, e um dos que se manifestaram sobre o tema foi José Boto, diretor técnico do Flamengo. O português trouxe uma perspectiva diferente e sugeriu uma solução que já é adotada no futebol europeu. Mas qual seria essa alternativa? E como isso impactaria o futebol brasileiro?
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A visão de José Boto sobre os gramados
Em entrevista à ESPN, José Boto afirmou que o assunto ainda não foi discutido internamente no Flamengo desde sua chegada ao clube, em janeiro. No entanto, ele destacou que a experiência europeia pode servir de exemplo.
“Eu não posso tomar uma posição oficial do Flamengo, pois não conversamos sobre isso. Posso dar minha opinião ao que se passa na Europa. Lá é proibido as ligas profissionais atuarem em gramados sintéticos. No máximo híbridos, que me parece uma boa solução, onde se pode jogar futebol sem tanto impacto de lesões”, declarou o dirigente.
Isso porque, segundo Boto, os gramados híbridos mantêm as características do campo natural, mas com maior durabilidade e menor desgaste ao longo da temporada. Dessa maneira, ele vê esse modelo como um caminho viável para os clubes brasileiros.
O impacto do gramado sintético no futebol brasileiro
A adoção do gramado sintético voltou a ser discutida após críticas de diversos jogadores, como Neymar, Gabigol e Alan Patrick. Além disso, o tema gera polêmica porque alguns clubes da Série A, como Palmeiras e Botafogo, já utilizam esse tipo de superfície em seus estádios e defendem sua manutenção.
José Boto reforçou sua visão sobre o assunto, apontando que o Brasil costuma importar diversas práticas da Europa, mas que esse tema deveria receber mais atenção.
“Não vou entrar no mérito de quem tem (estádio com gramado sintético), pois deve ter razões para isso, mas, se importam tantas coisas da Europa, podiam importar isso. A nível de qualidade de jogo, jogar em gramado natural não tem nada a ver com gramado sintético”, afirmou.
Vale destacar que o Flamengo manda seus jogos no Maracanã, estádio que possui gramado natural. Sendo assim, o clube não enfrenta essa discussão diretamente, mas a visão de José Boto pode influenciar futuras decisões caso o tema volte à pauta internamente.
Com isso, a alternativa do gramado híbrido pode ser um caminho para equilibrar preservação do campo, qualidade de jogo e segurança dos atletas, algo que pode se tornar tendência no futebol brasileiro nos próximos anos.