A declaração de Mauro Cezar após a eliminação do Cruzeiro

Mauro Cezar - Foto: Reprodução/Jovem Pan

O comentarista Mauro Cezar Pereira, da Jovem Pan, foi enfático ao apontar falhas no desempenho do atacante Gabigol durante o empate em 1 a 1 entre Cruzeiro e América-MG, no estádio Independência. Na ocasião, o jogador desperdiçou duas oportunidades consideradas cruciais pelo jornalista, descritas como “patéticas”.

Nesse sentido, na disputa de pênaltis que selou a eliminação cruzeirense do Campeonato Mineiro, a Raposa sucumbiu com um placar de 4 a 2. Para Mauro, esses momentos evidenciam uma queda de rendimento em relação às atuações memoráveis do atleta no passado.

Ao abordar o entorno do jogador, o jornalista destacou o impacto das redes sociais e da cultura de bajulação no futebol atual.

“A saída dele para o Cruzeiro foi cercada de muita gente puxando saco”, afirmou, ressaltando que tais influências podem distorcer a realidade e desviar o foco do principal: o desempenho dentro de campo.

Contratações questionáveis

Outro ponto levantado por Mauro foi a política de contratações do Cruzeiro para a temporada 2025. O comentarista criticou a escolha de jogadores que, embora renomados, não estavam em sua melhor forma física ou técnica nos clubes anteriores.

Ele também mencionou que o técnico Leonardo Jardim, recém-chegado ao time, já havia identificado limitações no elenco. Caso tivesse assumido antes, provavelmente teria vetado algumas dessas negociações.

Ademais, Mauro ainda ironizou o discurso grandioso adotado pelo CEO do Cruzeiro, Alexandre Mattos, durante as apresentações dos reforços. Para ele, o clima de euforia criado em eventos com 40 mil torcedores no Mineirão contrasta com a realidade do futebol brasileiro.

“Tudo um oba-oba danado, o Alexandre Mattos contratou os jogadores. Foi lá todo mundo para o Mineirão, 40 mil pessoas no estádio, apresentação dos reforços, discurso… Foi dito que o dono do clube é o principal ídolo do clube, clube do Tostão, do Dirceu Lopes, do Alex, de repente o maior ídolo é o dono”, declarou.

Alexandre Mattos, CEO do Cruzeiro (Foto: Reprodução/Instagram)

Desafios para o treinador Leonardo Jardim

Com mais de um mês livre até o próximo compromisso oficial, marcado para 29 de março contra o Mirassol, pelo Campeonato Brasileiro, Leonardo Jardim enfrentará o desafio de ajustar o time.

Contudo, surgem dúvidas sobre sua autonomia para tomar decisões difíceis, como escalar jogadores menos badalados em detrimento de medalhões como Dudu e Gabigol. Para Mauro, a postura da diretoria será crucial nesse processo.

Pressão por resultados

Caso o treinador decida barrar estrelas do elenco, é possível que surjam resistências internas. Afinal, a substituição de nomes consagrados pode gerar insatisfação entre os atletas e fragilizar a posição de Jardim. Nesse cenário, o apoio incondicional da diretoria será essencial para garantir a implementação de mudanças necessárias.

Após a eliminação precoce no estadual, o Cruzeiro agora concentra suas atenções no Campeonato Brasileiro. O duelo contra o Mirassol, no Mineirão, marcará o início da competição nacional.