Leonardo Bittencourt é o nome do camisa 10 do Werder Bremen. Alemão de nascimento e com anos de experiência na Bundesliga, ele surpreende quando solta o sotaque carioca. Léo é filho de Franklin, ex-jogador do Fluminense e do Bragantino, que passou onze temporadas no futebol alemão. Em entrevista, o meia do Bremen falou sobre sua expectativa para as quartas de final da Copa da Alemanha e revelou sua conexão com o Brasil.
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Nascido na Alemanha, Leonardo passava as férias no Brasil, onde jogava futebol na praia e no salão. Os passeios com os primos sempre incluíam idas ao Maracanã para assistir aos jogos do Flamengo. Ele conta que a família se divide quando o assunto é sua possível chegada ao futebol brasileiro: enquanto alguns torcem para que ele jogue no Brasil, outros temem o estresse.
“Um lado quer que eu jogue lá, mas não no time deles. Eles falam: ‘Léo, tu é meu primo, é família, mas se fizer m… vou te xingar’. Tem os dois lados. Eles iam gostar de ter um jogador da família por perto, ainda mais no time que torcem. Tem bastante flamenguista. Seria legal, mas nunca se sabe. Joguei minha vida toda na Alemanha. Tenho 31 anos, mas quem sabe… em um ou dois anos, quando meu contrato vencer, pode ser a hora de tentar outro país. No futebol nunca se sabe, mas estou bem aqui, gosto bastante”, afirmou.
Apesar de ter nascido e feito carreira na Alemanha, Leonardo reforça sua ligação com o Brasil. “Brasil é o país em que meus pais nasceram, onde minha família mora. Sou brasileiro, ué. Nasci na Alemanha, mas em casa a gente só fala português. Minha mentalidade é brasileira, mas sempre vivi aqui. No Brasil, eu passava férias, treinava na praia e no salão com meus primos, mas minha formação foi toda na Alemanha”.
A paixão pelo futebol veio do pai, Franklin, revelado pelo Fluminense. Após passar por Bragantino e Sport, ele se mudou para a Alemanha em 1992, onde encerrou a carreira. “Meu pai sempre está do meu lado. Vem ver todos os jogos. Ele viveu isso tudo como jogador na Alemanha. Sempre me apoiou, mas também criticou bastante. É duro ter um pai que jogou futebol, mas, ao mesmo tempo, agradeço muito”, destacou Leonardo.
Camisa 10 do Werder Bremen, ele começou no mesmo clube onde o pai se aposentou, o Energie Cottbus, que hoje disputa a terceira divisão alemã. Depois, passou pelo Borussia Dortmund, onde não teve muitas oportunidades, e seguiu carreira em clubes como Hannover, Koln e Hoffenheim até chegar ao Bremen, onde se firmou como um dos destaques da equipe.