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O debate sobre o uso de gramados sintéticos nos campos do futebol brasileiro ganhou novos rumos após declarações do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Durante uma manifestação sobre o assunto, ele deixou claro que a responsabilidade sobre essa decisão não cabe à Confederação Brasileira de Futebol, mas sim aos próprios clubes. Além disso, o dirigente afirmou que o tema será amplamente discutido no Conselho Técnico da Série A, marcado para o dia 12 de março.
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O posicionamento da CBF sobre o tema
Ednaldo Rodrigues foi direto ao esclarecer que a CBF se posiciona de maneira democrática sobre questões que envolvem os clubes e os jogadores.
“A CBF é democrática. O tema é dos clubes, dos atletas. Acho que é importante e bastante complexo. É uma discussão que clubes debatem e se aprofundam”, afirmou o presidente da CBF.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, sobre a polêmica do gramado sintético:
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) February 26, 2025
"A CBF é democrática. Esse tema é dos clubes e dos atletas. É importante e bastante complexo. É uma discussão que clubes debatem e se aprofundam. A gente respeita todo posicionamento, principalmente dos… pic.twitter.com/keSK89bjUT
O papel dos atletas no debate
Com isso, ele ressaltou que, mais do que a Confederação, os clubes devem ser os principais responsáveis por discutir e definir a questão. Sendo assim, Ednaldo Rodrigues também abordou o papel dos atletas nesse cenário.
“A gente respeita todo posicionamento, seja de quem for, principalmente dos atletas, que jogam. Mais do que a CBF, tem que ser os clubes (a debater), que empregam os jogadores. Que os clubes debatam sobre o assunto”, destacou o presidente.
Dessa maneira, ele reforçou que os jogadores, que lidam diretamente com o ambiente dos gramados, têm o direito de se posicionar, mas que a discussão deve ser conduzida pelas equipes. Cabe ressaltar que a CBF está realizando um estudo profundo sobre as lesões causadas pelo uso de gramados sintéticos.
“A CBF está fazendo um estudo bastante profundo dentro do Brasil, não com dados científicos externos. No dia 12, o Jorge Pagura (presidente da comissão médica da CBF) vai apresentar para subsidiar clubes e atletas”, explicou Ednaldo.
Esse estudo pode ser um ponto crucial para a decisão final, já que pretende fornecer informações científicas sobre os impactos do gramado sintético no corpo dos jogadores.
Movimento para vetar o uso de sintético
Por isso, segundo informações apuradas pelo UOL, há clubes se articulando para colocar o tema em pauta novamente no Conselho Técnico. A proposta de um bloco de clubes é vetar o uso de gramados sintéticos nos próximos anos, com uma medida gradual e prazos para adaptação. Isso porque, muitos clubes têm demonstrado preocupação com os possíveis efeitos negativos do sintético no desempenho e na saúde dos jogadores.
Em resumo, a questão dos gramados sintéticos no futebol brasileiro segue em aberto, mas com a promessa de um debate profundo e amplo entre as partes envolvidas. Isso porque a decisão impacta diretamente a qualidade das partidas e o bem-estar dos atletas, sendo um tema que merece a devida atenção de todos os envolvidos no cenário esportivo nacional.