“É totalmente diferente”, diz Rafael
No final de dezembro de 2022, Rafael foi anunciado como reforço do São Paulo para a temporada 2023. Para contar com o goleiro, o Tricolor desembolsou R$ 5 milhões ao Atlético-MG por 100% dos direitos econômicos dele. Em entrevista ao Zona Mista do Hernan, programa do Canal UOL, Rafael entrou no debate e disse se prefere gramado natural ou sintético.
Notícias mais lidas:
“O sintético é totalmente diferente. Se eu pudesse escolher, jogaria só em grama natural, mas é necessário padronizar todos os campos para que os de grama natural também ofereçam boa qualidade. Alguns campos de grama natural não estão em seu melhor estado, seja por falta de investimento, por causa do clima ou então por jogarem duas ou três equipes no estádio. […] Mas, com certeza, jogar em grama natural em um dia e no outro jogar no sintético faz muita diferença, e eu acredito que acaba favorecendo quem treina e joga mais constantemente no sintético”, disse Rafael.
Após o clássico contra o Palmeiras no dia 16 de fevereiro, que foi disputado no Allianz Parque, alguns jogadores do São Paulo como o volante Alisson e o atacante André Silva reclamaram do gramado sintético do rival. Alisson ficou com dores e desde então não jogou mais. O Tricolor inclusive tem um histórico negativo de jogadores lesionados quando joga na casa do rival. Por isso inclusive, Luis Zubeldía poupou seus principais jogadores, Lucas Moura e Oscar, colocando-os apenas por alguns minutos na segunda etapa.
Na última semana, alguns atletas que atuam no futebol brasileiro iniciaram uma campanha contra a utilização do gramado sintético. Jogadores como Lucas Moura, Neymar, Philippe Coutinho, Thiago Silva e Gabigol fizeram manifestações nas redes sociais. Os atletas usaram fotos iguais e o mesmo texto, com o slogan: “futebol é natural, não sintético!”.
Veja abaixo o texto utilizado pelos jogadores no movimento:
“Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos.
Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.
Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste.
Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam.
FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!”