Neymar comenta perseguição em campo, planos para o Santos e ausência na Copa de 2010
Neymar acredita ser alvo frequente de faltas em campo devido ao seu estilo de jogo, mas isentou os árbitros de culpa ao comentar a perseguição que sofre dos adversários. Durante sua participação no podcast PodPah nesta quinta-feira, o meia-atacante do Santos afirmou que os próprios jogadores se irritam com sua forma de atuar e, por isso, tentam pará-lo com entradas mais duras.
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“Em alguns momentos já achei que fui perseguido, mais por causa do meu perfil. Eu não sou anjo dentro de campo, eu sei disso”, disse Neymar. “É mais os jogadores do que os árbitros os culpados nisso. Os jogadores se irritam mais comigo do que com Messi e Cristiano.”
O atacante ressaltou que seu estilo ofensivo, com dribles e jogadas individuais, sempre foi uma característica do seu jogo e que não pretende mudar sua forma de atuar.
“O meu perfil é esse dentro de campo, de segurar a bola e tentar o drible. Sempre coloquei na minha cabeça que nunca vou ser um cara normal, que vai fazer o simples. Eu vou fazer o que o treinador me pede, do meu jeito. Meu jogo é para a frente. Se quiser me colocar para trás, põe outro no meu lugar”, afirmou.
Segundo Neymar, o excesso de faltas que sofre está diretamente ligado à sua postura em campo, sempre buscando arriscar jogadas.
“Busco sempre arriscar, eu sempre sou um cara que arrisco muito no jogo. É por isso que eu sofro muitas faltas, por isso tive muitas lesões. Eu sempre tento segurar a bola e resolver pelo meu time.”
Punição mais severa para entradas violentas
Ao ser questionado sobre uma possível proteção dos árbitros, Neymar defendeu punições mais severas para jogadores que cometem faltas violentas, especialmente aquelas que resultam em lesões graves.
“É difícil se colocar no lado do árbitro. Não sei se ele tem culpa disso. A conversa interna para proteger os melhores jogadores tem que acontecer. Tem jogadores que entram na maldade. Você tem que controlar. Mas como vai fazer isso? O que deveria ser feito, quando você vê que a entrada é maldosa, o cara vai ser expulso e vai ficar um ou dois jogos fora. Para mim, tinha que ser igual. Se o cara vai ficar um ano parado, o outro tem que ficar um ano parado também.”
Objetivo no Santos: conquistar títulos
Neymar também comentou sobre seus planos no Santos, clube que defende atualmente. O atacante reforçou que seu principal objetivo é conquistar títulos já nesta temporada, destacando a evolução da equipe e a chegada de reforços.
“Planos para o Santos é ser campeão. Agora já. Eu vim para isso, eu vim para ganhar. Estamos bem. Nosso time está melhorando cada vez mais com os jogos. Muitos reforços chegaram para ajudar a compor o time. O objetivo de todo time é ser campeão, e o nosso não é diferente.”
A equipe santista está classificada para as quartas de final do Campeonato Paulista e busca retomar o protagonismo na competição.
Ausência na Copa do Mundo de 2010
Outro tema abordado no podcast foi a ausência de Neymar e Paulo Henrique Ganso na convocação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2010. O atacante relembrou a expectativa que ambos tinham de serem chamados e exaltou as qualidades do ex-companheiro de Santos.
“Eu boto o Ganso na prateleira dos gênios. Eu acho ele muito diferente, sempre foi assim. Sempre foi muito bom tecnicamente. Em 2010 ele era até apontado como mais preparado do que eu, por exemplo, para ir para a Copa”, afirmou Neymar.
O atacante acredita que os dois poderiam ter sido convocados e revelou que acompanharam juntos o anúncio da lista de Dunga, na época treinador da Seleção Brasileira.
“A gente estava com esse sentimento de ‘será que a gente vai ser convocado’? Mas acabou não acontecendo. Eu acho que a gente deveria ter ido para Copa em 2010? Acho, os dois. Para mim, o Ganso estava mais preparado para jogar na Copa do que eu.”
Após o Mundial de 2010, Neymar passou a ser figura constante na Seleção Brasileira, disputando as Copas do Mundo de 2014, 2018 e 2022. Ganso, por sua vez, perdeu espaço com o tempo e não chegou a ter sequência na equipe nacional.
