São Paulo: a declaração Fernando Diniz direcionada a Gabriel Sara

Fernando Diniz em coletiva pela Seleção Brasileira (Foto: Thais Magalhães/CBF)

A transferência de Gabriel Sara para o Galatasaray, concretizada em agosto de 2024, garantiu ao São Paulo uma receita significativa. Revelado pelo clube paulista, o meio-campista construiu sua trajetória no futebol brasileiro antes de seguir para o Norwich, na Inglaterra. Agora, meses após sua ida ao futebol turco, declarações de Fernando Diniz sobre o atleta estão repercutindo.

O reconhecimento de Fernando Diniz

O técnico Fernando Diniz, que comandou o São Paulo entre 2019 e 2021, exaltou as qualidades de Gabriel Sara em entrevista ao Charla Podcast. Segundo ele, o meio-campista foi o jogador “mais completo” que treinou no futebol brasileiro.

“É um p… jogador! Talvez seja o jogador mais completo que eu trabalhei. Faz de tudo. Cabeceia bem, chuta bem, é um canhoto que sabe chutar com a perna direita, dribla… o cara joga de qualquer coisa que você botar”, afirmou Diniz.

O papel tático e a dedicação de Sara

A versatilidade do atleta não foi o único ponto destacado pelo treinador. Diniz também ressaltou a obediência tática do jogador, comparando-o ao atacante Germán Cano.

“O Sara tinha idade para jogar na base e os caras nem queriam que ele descesse. É um cara muito obediente, como é o Cano. Tudo que você pede, o cara faz. O Sara era meu maior orgulho. O cara vai lá e faz o trabalho sujo para o time o tempo todo. Nunca parava”, declarou o técnico.

Superação e apoio nos momentos difíceis

Apesar do reconhecimento atual, a trajetória de Gabriel Sara no São Paulo não foi livre de desafios. O jogador enfrentou momentos de pressão e críticas da torcida, o que afetou seu rendimento em campo. Diniz revelou que precisou intervir para ajudar o atleta a recuperar sua confiança.

“Essa pressão que existe aqui é muito castradora. […] Em determinado momento, ele estava jogando tão mal tecnicamente que errava passes curtos, a bola ia pra fora. Eu estava ficando exposto e chegando no meu limite. Ele tinha dado o limite dele, estava meio que desistindo”, contou o treinador.

“Eu falei pra ele: ‘Tá com medo de quê? Da rede social? Ninguém vai te matar, só você jogar’. A torcida quer que você dê alegria para ela. Ele dormiu, fez dois gols contra o Santos. Daí pra frente ele foi embora”, relembrou o técnico.