O julgamento que definirá o futuro de Lucas Paquetá terá início ainda neste mês e duração de aproximadamente três semanas. Denunciado em maio de 2024, o meia do West Ham é alvo de investigação por suposta violação de regras de apostas em manipulação de jogos. A The Football Association (FA), entidade que rege o futebol inglês, cobra suspensão vitalícia para o brasileiro.
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Acusações formais da entidade inglesa indicam que o meia teria forçado cartões em quatro jogos entre novembro de 2022 e agosto de 2023. A gravidade da denúncia é tamanha que a audiência do meia deve ser uma das mais longas da história da Federação Inglesa e, por isso, há de fato expectativa pelo banimento vitalício do atleta. Lucas Paquetá, por sua vez, negou veementemente o caso e se declarou inocente das denúncias.
“Também estou preocupado que, embora falsos e enganosos, esses artigos estão claramente originados de um indivíduo próximo ao caso. Os procedimentos da FA devem ser confidenciais e trata de algo extremamente sério para mim e minha família. O vazamento de informações imprecisas na imprensa estão colocando em risco minha chance de receber uma audiência justa”, dizia um trecho do comunicado.
O meia teria violado as regras de conduta relacionadas as bets nas partidas diante do Leicester, no dia 12 de novembro de 2022; Aston Villa, no dia 12 de março de 2023; Leeds United, no dia 21 de maio de 2023, e Bournemouth, no dia 12 de agosto de 2023.
Presente de aniversário ao irmão
No mês passado, o empresário Bruno Lopez de Moura delatou à CPI das Apostas, do Senado, que Lucas Paquetá havia ”prometido” tomar cartão amarelo de “presente de aniversário” para o irmão Matheus Tolentino. Ele reconheceu, ainda, que “teve conhecimento prévio da manipulação” e realizou uma aposta combinada em jogos do meia e de Luiz Henrique – que defendia o Bétis (ESP) à época -, envolvido em outra investigação.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) aponta Bruno Lopez como líder de uma quadrilha acusada de manipulação de jogos. Investigações apontam que o mesmo esteve envolvido em partidas do Brasileirão das Séries A e B, em 2022, e dos Estaduais de 2023.
Tio de Lucas Paquetá é indiciado
O empresário William Rogatto acompanha Bruno Tolentino, tio de Paquetá, e Thiago Chambó nos pedidos de indiciamento da Comissão. Este último já está envolvido na instigação do MP-GO (Ministério Público de Goiás). A solicitação ocorreu no Relatório Final da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, no Senado, no dia 10 de fevereiro.
Segundo ‘UOL’, Tolentino fez transações bancárias no valor de R$ 40 mil a Luiz Henrique por apostas combinadas. Ele investiu dinheiro nos cartões amarelos do ex-Botafogo, à época no Real Bétis, da Espanha, e de Lucas Paquetá, do West Ham, em jogos mencionados anteriormente.