O Corinthians enfrenta desafios dentro e fora de campo. A situação financeira do clube se agravou após a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF recusar a proposta apresentada para quitação de dívidas. O Timão buscava um parcelamento de R$ 75 milhões em oito anos, iniciando com pagamentos reduzidos no primeiro ano e aumentando gradativamente. No entanto, a CNRD considerou o plano incompatível com as obrigações financeiras do clube, alegando que outras equipes com receitas inferiores oferecem condições melhores aos credores. Com a dívida crescendo de R$ 56 milhões para R$ 75 milhões, a diretoria precisará revisar a estratégia para evitar sanções e garantir a regularização financeira.
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Enquanto isso, a pressão também aumenta no ambiente esportivo. Na última partida pela Libertadores, o Corinthians foi derrotado por 3 a 0 pelo Barcelona de Guayaquil, no Equador. O resultado negativo não apenas complicou a situação do clube na competição continental, como também expôs problemas internos. Durante o intervalo, jogadores protagonizaram uma discussão no vestiário, evidenciando um clima de cobrança intensa.

Fabinho Soldado, diretor executivo de futebol, percebeu a tensão ao entrar no vestiário e tentou intervir para acalmar os atletas. Entre os envolvidos na discussão, Memphis Depay demonstrou irritação tanto em campo quanto no intervalo, gesticulando para o banco de reservas e cobrando companheiros. Matheuzinho e Breno Bidon também tiveram um desentendimento, discutindo sobre movimentação e posição em campo.
Apesar das tensões, não houve relatos de agressão física, e fontes ligadas ao clube minimizaram o episódio, tratando-o como algo normal em um elenco de alto rendimento. No entanto, essa não foi a primeira vez que o clima esquentou nos vestiários. Uma situação semelhante ocorreu recentemente na Venezuela, após o jogo contra a Universidad Central, reforçando a percepção de que o ambiente interno segue conturbado.
Após o jogo, o capitão Ángel Romero tentou amenizar a crise discursando para os companheiros e reforçando a necessidade de união para reverter a fase negativa. O atacante paraguaio foi o único atleta a falar com a imprensa na saída do estádio, destacando a responsabilidade do elenco em melhorar o desempenho.
Agora, o Corinthians precisa reagir rapidamente. Além do desafio de reestruturar suas finanças, a equipe tem uma dura missão na Libertadores. No próximo jogo, o Timão enfrenta o Barcelona de Guayaquil novamente, desta vez na Neo Química Arena, precisando reverter a desvantagem de três gols para seguir vivo na competição. Diante desse cenário, a equipe precisará superar as dificuldades extracampo e se concentrar na busca por um resultado positivo.