O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se manifestou nesta sexta-feira (7) sobre o episódio de racismo sofrido por Luighi, atacante do sub-20 do Palmeiras. O jogador de 18 anos revelou, após a vitória por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, pela Libertadores da categoria, que foi chamado de “macaco” por um torcedor do time paraguaio. Ele também relatou ter sido alvo de uma cusparada.
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Em uma nota publicada nas redes sociais, Infantino condenou os ataques e afirmou que a Fifa segue firme na luta contra o racismo. No entanto, o dirigente não detalhou medidas concretas para combater o problema. “Estou profundamente indignado com o abuso racista sofrido pelo jogador Luighi, do time sub-20 do Palmeiras, no Paraguai. É de partir o coração ver um jovem jogador ser levado às lágrimas por um comportamento tão vergonhoso”, escreveu o mandatário da entidade.
Veja a reprodução da NOTA
Gianni Infantino, presidente da FIFA, se pronunciou sobre o lamentável episódio de racismo sofrido por Luighi, do Palmeiras. pic.twitter.com/vzJIVfSFld
— ⚽ (@DoentesPFutebol) March 7, 2025
Durante o segundo tempo da partida, um torcedor, com uma criança no colo, foi flagrado imitando um macaco na direção do atacante Figueiredo, do Palmeiras. Pouco depois, Luighi denunciou ao árbitro que também foi chamado de “macaco” e foi atingido por cusparadas. O jovem acabou chorando no banco de reservas após ser substituído.
A CBF se posicionou de forma dura e enviou uma representação à Conmebol exigindo a exclusão do Cerro Porteño da competição. A entidade também cobrou punições severas aos torcedores identificados, incluindo a proibição de entrada em estádios e a responsabilização criminal, conforme a legislação do Paraguai.
O Palmeiras também repudiou o caso e manifestou apoio ao atacante. Em nota oficial, o clube afirmou que buscará todas as instâncias possíveis para que os responsáveis sejam punidos. Outros clubes brasileiros, como Corinthians e Cruzeiro, também se solidarizaram com o jogador.
Após a repercussão, o Cerro Porteño publicou uma nota oficial lamentando o episódio. O clube paraguaio afirmou repudiar qualquer ato de racismo e se solidarizou com Luighi. “Nenhuma provocação pode levar a este tipo de acontecimento condenável. Reiteramos que condenamos veementemente todo tipo de comportamento discriminatório e comentários ofensivos”, declarou o time.
