Corinthians x Santos: a forte declaração de Gil

Gil pelo Santos (Foto: Raul Baretta/ Santos FC)

O zagueiro Gil fez um forte desabafo em repúdio à atuação do árbitro Matheus Delgado Candançan na derrota para o Corinthians, por 2 a 1, pela semifinal do Campeonato Paulista. Em concordância com a eliminação no que se refere à atuação do Santos na Neo Química Arena, o defensor questionou o critério usada pelo juiz na expulsão do companheiro Zé Ivaldo aos 35 minutos da etapa final do clássico.

“Primeiro só que falar uma coisa. Em clássico, semifinal ou final, a Federação tem que trazer gente de fora para apitar. Na semana passada, o cara do Mirassol tomou um carrinho por trás, e o juiz não expulsou. O Zé Ivaldo fez uma falta para amarelo, que ele deu, e depois voltou atrás com vermelho. Tem que ter critério para apitar essa porr*. Do jogo, eu não tenho nada para falar. O Corinthians venceu porque mereceu, mas ele tinha que ter mais culhão”, criticou.

Ao ser questionado sobre a partida dentro das quatro linhas, Gil voltou a expor seu descontentamento com a arbitragem. O Santos terminou o clássico com dois jogadores expulsos: Zé Ivaldo, aos 35, e Escobar aos 52.

“Clássico é decidido nos detalhes, não conseguimos vencer, agora é continuar trabalhando. Tem que ser igual para todo mundo. Por isso que nos outros estados apitam para apitar o jogo. Ele faz essa merda e expulsa o Zè Ivaldo. Ou muda a Federação, ele é muito novo para apitar esse clássico. Por que não chamou o VAR contra o Mirassol?”.

As expulsões

Num lance na lateral, Zé Ivaldo acertou um forte carrinho no tornozelo de Yuri Alberto, com força excessiva suficiente para interferência do VAR – visto que o árbitro só havia sinalizado com cartão amarelo na jogada. O camisa 9 corintiano ficou caído com muitas dores e, em dado momento, preocupou não só torcedores como toda comissão técnica.

O árbitro revisou a jogada na cabine do VAR e voltou atrás na decisão inicial, punindo-o, portanto, com o primeiro cartão vermelho da partida.

Divergente à expulsão de Zé Ivaldo, a de Escobar sequer teve tempo hábil de interferir no esquema santista para o restante da partida. Isso porque o jogador recebeu o vermelho já no apagar das luzes, no último minuto dos acréscimos, por uma falta dura em Martínez.

Como foi o Santos na partida

O Santos chegou à Neo Química Arena já em desvantagem e com a missão de se reinventar. Isso porque além de duelar pela vaga sob a forte pressão da torcida corintiana, o time de Pedro Caixinha estava sem seu pilar: Neymar. Com dores na coxa esquerda, o astro santista não deixou o banco de reservas e só pôde contribuir com os companheiros através de análises e instruções à beira do gramado.

A defesa santista falhou antes mesmo de qualquer oportunidade do sistema ofensivo na partida, ainda aos 11 minutos. Em um cruzamento de Memphis à área, oriundo de um escanteio, o lateral Chermont não percebeu a sobra de Yuri Alberto em suas costas e o deixou livre para inaugurar o marcador na Neo Química Arena. O atleta ainda foi responsável por dar condições ao camisa 9 corintiano no lance.

A partir dai, o Corinthians optou por abrir mão da bola, e o Santos passou a crescer pouco a pouco na partida. Os santistas conseguiram a tal reinvenção necessária a partir dos 30 minutos, quando tomaram o domínio da partida para si. Até que aos 37′ Tiquinho Soares subiu mais alto que Martínez e, de cabeça, empatou o clássico.

Na segunda etapa, quase o mesmo desenho, mas com efetividade diferente. O Corinthians retomou a vantagem aos 10 minutos, com um golaço de Garro no ângulo, e o Santos ficou com a bola dai em diante. A expulsão de Zé Ivaldo acabou interferindo ainda mais no desempenho e no emocional da equipe, que não teve forças para buscar outro empate. Assim, se despediu do Paulistão antes mesmo de encerrar o longo jejum fora das decisões do Estadual.