A reunião do Conselho Técnico da CBF realizada nesta quarta-feira (12) trouxe novidades sobre um tema que tem gerado grande debate no futebol brasileiro: a utilização do gramado sintético. O encontro contou com a participação dos clubes da Série A, incluindo o Palmeiras, que utiliza esse tipo de piso no Allianz Parque.
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Durante a reunião, ficou decidido que o tema não será levado à votação neste momento. Dessa forma, a possibilidade de proibir ou limitar o uso do gramado artificial foi adiada, sem a criação de prazos ou restrições imediatas. Além do Palmeiras, Botafogo e Athletico-PR também possuem gramado sintético em seus estádios, e a decisão mantém a atual regulamentação.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, defendeu a permanência do gramado sintético e criticou as condições de muitos campos com grama natural no Brasil. “Não entra. Não terá votação. Vamos criar comitês para estudar não só as questões do gramado sintético, mas sim a qualidade dos gramados no Brasil. Isso é importante. É muito melhor ter um gramado sintético de qualidade do que nossos atletas estarem jogando nos gramados horrorosos que tem Brasil afora”, afirmou Leila em entrevista ao Uol Esporte.
O Conselho Técnico da CBF apontou que a questão do gramado sintético será levada para uma discussão mais ampla dentro da Comissão Nacional de Clubes, que tem como objetivo fortalecer o debate entre as equipes da elite do futebol nacional. A entidade também apresentou um estudo sobre lesões registradas no último Campeonato Brasileiro para embasar futuras decisões sobre o tema.
Nos últimos meses, jogadores e técnicos manifestaram opiniões divergentes sobre a influência do gramado sintético no desempenho esportivo e na incidência de lesões. Apesar das reclamações de alguns atletas, a CBF optou por um estudo mais aprofundado antes de tomar qualquer medida restritiva.
Assim, o Palmeiras e os demais clubes que utilizam gramado sintético seguem sem impedimentos para manter essa estrutura em seus estádios. A expectativa é de que novas discussões ocorram nos próximos meses, mas, por ora, nenhuma mudança imediata será implementada.
