O Vasco da Gama e sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) entraram em recuperação judicial, um fato inédito no futebol brasileiro. A decisão, deferida pela Vara Regional do Rio de Janeiro, envolve tanto o clube quanto sua SAF, a 777 Carioca. Essa medida foi tomada devido a uma disputa jurídica entre os acionistas da SAF, com o clube e a 777 Partners divergindo sobre o controle da gestão.
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O presidente do Vasco, Pedrinho, assumiu o comando da SAF após uma decisão judicial e, para viabilizar a recuperação judicial, colocou seu patrimônio pessoal como garantia. Esse movimento busca assegurar a administração do clube e sua SAF, permitindo uma reorganização financeira para lidar com as dívidas acumuladas.
Apesar do cenário de recuperação judicial, o Vasco assegura que o processo não impede a venda da SAF. Pelo contrário, o clube argumenta que a medida pode criar um ambiente mais atrativo para investidores, proporcionando maior previsibilidade financeira. Até o momento, nenhuma proposta formal foi apresentada, mas a diretoria segue aberta a negociações.
O plano de pagamento aos credores deverá ser apresentado no prazo de 60 dias e precisa ser homologado pela Justiça. Além disso, a decisão judicial suspende a cobrança das dívidas por 180 dias, concedendo tempo para que o clube possa reestruturar suas finanças e definir estratégias para a quitação dos débitos.
A gestão esportiva do Vasco também foi abordada no contexto da recuperação judicial. O clube garante que os salários de jogadores e funcionários estão protegidos e que as atividades do departamento de futebol seguem normalmente. As contratações continuam sendo possíveis, desde que respeitem o planejamento financeiro em vigor.
A expectativa é que, ao fim do processo, o Vasco tenha maior estabilidade e um ambiente financeiro mais sólido para suas operações futuras. A reestruturação é vista como um passo essencial para garantir a recuperação da instituição e, possivelmente, atrair novos investidores interessados na aquisição da SAF.