A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, fez declarações polêmicas sobre o movimento de jogadores contrários ao uso de gramados sintéticos nos estádios brasileiros. Durante uma reunião do Conselho Técnico da CBF, na quarta-feira (12 de março), a dirigente rebateu as críticas e afirmou que os atletas que questionam essa tecnologia são “geralmente mais velhos” e “já deveriam ter parado de jogar futebol”.
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O debate sobre o uso do gramado sintético vem crescendo no futebol brasileiro. Jogadores como Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Gabigol, Lucas Moura e Dudu se posicionaram contra esse tipo de piso, alegando que ele aumenta o risco de lesões e compromete a qualidade do jogo. Para Leila Pereira, no entanto, essa crítica não tem fundamento científico e não leva em conta a realidade dos estádios brasileiros.
“Se os gramados europeus são tão bons, ótimo, fiquem lá e não venham para cá”, declarou a dirigente, reforçando que é preferível ter gramados sintéticos de qualidade do que campos naturais em má condições. Para ela, a questão não deve ser o tipo de gramado, mas sim a qualidade geral dos campos no Brasil.
Atualmente, o gramado sintético é utilizado em estádios como o Allianz Parque (Palmeiras), Nilton Santos (Botafogo) e Ligga Arena (Athletico-PR). A Arena MRV, do Atlético-MG, também iniciou o processo de instalação desse tipo de piso. A CBF, por sua vez, anunciou que aprofundará os estudos sobre o impacto dos gramados artificiais antes de tomar qualquer decisão sobre sua permanência ou proibição.
Diante da polêmica, seis clubes foram escolhidos para formar uma comissão que irá avaliar a questão ao longo do ano. Palmeiras, Flamengo, Fortaleza, Internacional, São Paulo e Vasco terão a missão de estudar os impactos do gramado sintético e propor soluções que atendam a todas as equipes da Série A.
Enquanto o debate segue acalorado, a CBF reforçou que não houve votação sobre a manutenção dos gramados sintéticos. A entidade ressaltou que a questão será analisada com base em estudos técnicos, buscando um consenso que equilibre qualidade, segurança dos atletas e as necessidades estruturais do futebol brasileiro.