Vídeo: dirigente do Palmeiras manda recado para a Conmebol

Allianz Parque, estádio do Palmeiras (Foto: Reprodução/Palmeiras)

Em meio a um cenário de crescente indignação no futebol sul-americano, o vice-presidente do Palmeiras, Paulo Buosi, fez duras críticas à Conmebol após a aplicação de penas brandas ao Cerro Porteño no caso de racismo contra o atacante Luighi, durante a Libertadores Sub-20. 

Durante o sorteio da Conmebol Libertadores, realizado nesta segunda-feira, Buosi falou sobre a insatisfação do clube paulista com as punições mínimas, exigindo ações mais severas para combater o racismo no esporte.

A indignação de Paulo Buosi

“Ou temos uma punição severa ou não vai mudar nunca. Queríamos a eliminação do Cerro Porteño… Qualquer coisa desde que seja pesada. Se as lágrimas do Luighi não comoveram, não sei o que vai comover”, disse Buosi. 

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O vice-presidente do Palmeiras pediu punições mais severas ao clubes responsáveis pelos atos racistas. #LibertadoresNaESPN #TiktokEsportes #LeilaPereira #Palmeiras

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Ele ressaltou que a postura do clube é contra o racismo, e não contra o Cerro Porteño, que tem sido envolvido em episódios de discriminação racista em competições anteriores.

Além disso, Buosi criticou diretamente a Conmebol pela decisão de aplicar apenas uma multa mínima de 50 mil dólares e a medida de portões fechados na Libertadores Sub-20, afirmando que tais punições são insuficientes para erradicar a intolerância racial no futebol. 

Para o dirigente, a impunidade é o principal combustível para a perpetuação desse tipo de comportamento nas arquibancadas.

Falha nas ações da Conmebol

Durante o evento, Buosi também comentou o discurso do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, que admitiu que as sanções impostas ainda não são suficientes para combater o racismo no futebol. 

“O presidente (da Conmebol) fez um discurso bonito, pena que não traduzem em ações efetivas para acabar com esse grande problema”, afirmou Buosi.

Cabe ressaltar que, apesar das boas intenções nas palavras de Dominguez, as punições ainda são vistas como insuficientes, e Buosi destacou que “enquanto não tiver uma punição exemplar, infelizmente não vai mudar”. 

Para ele, ações práticas e severas são necessárias, porque a impunidade contribui para a continuidade do problema.