A polêmica sobre o uso de gramado sintético no futebol brasileiro está cada vez mais em alta, especialmente após declarações de grandes nomes da categoria e de especialistas no assunto.
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Recentemente, Victor Bagy, diretor de futebol do Atlético-MG e ex-goleiro, compartilhou sua visão sobre o tema. Em entrevista, Bagy explicou a decisão do clube de adotar o gramado sintético na Arena MRV, ressaltando que, apesar de preferir grama natural, em certos casos a solução sintética é a mais viável.
O que Victor Bagy pensa sobre o gramado sintético
“Eu como ex-atleta, obviamente, que sempre preferi jogar em grama natural desde que esteja em perfeitas condições. E tivemos muitas dificuldades ano passado para conseguir as melhores condições do gramado natural e infelizmente não conseguimos”, afirmou Victor Bagy.
Apesar de suas preferências pessoais, ele reconhece que o gramado sintético pode ser a melhor opção quando se trata de garantir condições ideais de jogo.
“Mas, não existe cientificamente qualquer tipo de comprovação de que vá contra a utilização desse tipo de gramado. A gente respeita todo mundo e especificamente no nosso caso era a melhor solução para ter um gramado em perfeitas condições”, completou Bagy.
A declaração de Victor reflete a tendência crescente de clubes brasileiros em optar pelo gramado sintético, algo que tem sido visto como uma solução para a manutenção das condições do campo ao longo do ano.
Sendo assim, a implementação de grama artificial visa otimizar o uso dos estádios, especialmente para grandes eventos, sem comprometer a qualidade do jogo.
A ciência por trás da discussão sobre os gramados
Além disso, essa discussão sobre gramado sintético foi reforçada por especialistas, como o Dr. Turíbio Leite, Diretor de Saúde e Performance da Portuguesa, que afirmou que o gramado sintético tem uma menor incidência de lesões se comparado ao natural.
Segundo Turíbio, estudos recentes, como o publicado na revista Lancet, mostram que os atletas que jogam em gramados naturais têm maior probabilidade de lesões do que aqueles que jogam em campos sintéticos.
“Essa polêmica precisa ser atualizada porque muitos desses conceitos a respeito do gramado sintético são antigos”, afirmou o fisiologista, reforçando que os avanços tecnológicos no setor têm mudado a percepção sobre o impacto dos gramados sintéticos na saúde dos jogadores.