Presidente da Conmebol emite nota oficial direcionada aos times brasileiros

Taça da Copa Libertadores da América (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Alejandro Domínguez tentou apaziguar os ânimos depois de uma fala direcionada aos times brasileiros entendida como racista.  O presidente da Conmebol emitiu um pedido de desculpas no qual disse sempre promover o respeito e a inclusão no futebol.

No futebol sul-americano, começou a ser orquestrado um movimento de boicote aos clubes brasileiros. Existe a acusação de que estrangeiros sofrem xenofobia quando visitam o país em confrontos das competições internacionais. Por isso, começou a circular o burburinho de que uma Copa Libertadores da América sem times do Brasil poderia ser o próximo passo da Conmebol.

Na última segunda-feira (18/3), depois do sorteio das fases de grupos da Sul-Americana e da Libertadores, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, deu uma infeliz declaração para afastar a possibilidade.

“Isso seria como Tarzan sem Chita”. Impossível”, declarou.

A fala de Alejandro Domínguez repercutiu negativamente e foi apontada como racista. Ela acontece 10 dias depois que o jovem atacante do Palmeiras, Luighi sofreu racismo em um jogo contra o Cerro Porteño, no Paraguai, pela Copa Libertadores da América Sub-20.

Na ocasião, a presidente do Alviverde, Leila Pereira, ventilou a possibilidade dos times brasileiros se desfiliarem da Conmebol e passaram a figurar na Concacaf. 

Nesta terça-feira (18/3), após a repercussão nos órgãos de imprensa, Alejandro Domínguez emitiu um pedido de desculpas oficial e reforçou que sempre foi um promotor do respeito e da inclusão no futebol.

“Em relação às minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A CONMEBOL Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros. Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a CONMEBOL. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação”, publicou no X, no Twitter.