Felipe Melo apontou a diferença financeira entre os clubes brasileiros e destacou o impacto dessa disparidade no futebol sul-americano. Em entrevista à ESPN Argentina, o ex-jogador citou Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG e Botafogo como exemplos de equipes com alto poder de investimento e utilizou a contratação de Vitor Roque pelo Palmeiras, por 30 milhões de euros, como exemplo da força econômica do futebol brasileiro.
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“Eu creio que a parte financeira do Brasil está muito acima. Não há como competir com um clube que paga 30 milhões de euros e traz um jogador de 20 anos da Europa, como fez o Palmeiras. Flamengo, Atlético-MG e Botafogo também (são endinheirados)”, afirmou Felipe Melo.
O ex-jogador ressaltou que, apesar do alto investimento dos clubes brasileiros, isso não garante necessariamente os melhores resultados dentro de campo. Ele citou o desempenho do Botafogo na Recopa Sul-Americana, onde a equipe foi dominada pelo Racing na final.
“Claro que tudo pode acontecer no futebol. Eu fui ao estádio do Botafogo e vi o Racing passar por cima do Botafogo. Poderia ter ganho fácil de 4 ou 5. Tudo pode acontecer no campo, mas tem que haver investimentos”, completou.
Admirador do futebol argentino, Felipe Melo acredita que, caso os clubes do país consigam realizar investimentos no mesmo nível dos brasileiros, podem retomar a hegemonia na Copa Libertadores. Ele citou equipes tradicionais como Boca Juniors, River Plate, Estudiantes e Independiente como times que poderiam voltar a dominar a competição continental.
“A Argentina tem equipes incríveis e históricas. No dia que colocarem dinheiro em Boca, River, Estudiantes e Independiente, com a torcida que eles têm, vai voltar para Argentina (títulos)”, opinou.
O domínio brasileiro na Libertadores se consolidou desde 2019, com Flamengo, Palmeiras e Fluminense vencendo as últimas edições. Com a nova edição do torneio prestes a começar, a expectativa é ver se os clubes argentinos conseguirão competir em igualdade com os brasileiros ou se a diferença financeira continuará sendo decisiva na disputa continental.