A falta de produção em escala industrial de craques tem preocupado severamente o jornalista Milton Leite. Em entrevista ao ‘A Resenha’, no canal do narrador Nilson Cesar, o comunicador tratou a ausência de referências dentro de campo como a principal carência da Seleção Brasileira, muito além do debate circunstancial sobre o ‘técnico ideal’.
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“A discussão sobre seleção brasileira, na minha opinião, ela tem que dar um passo atrás. Nós temos que discutir porque o Brasil parou de produzir craques em larga escala”, iniciou Milton Leite.
“A nossa discussão interna aqui não deveria ser se o Dorival é bom ou não pra seleção. Deveria ser: porque nós paramos de produzir em escala industrial os craques que a gente já teve. Até esse aparecimento do Vinícius [Júnior] mais recente, nós tivemos aí uma década que você tinha praticamente o Neymar. Ponto. E mais ninguém. Hoje em dia a gente fica suando para colocar um jogador no top-10”, acrescentou.
Vinicius Júnior melhor do mundo?
Apesar de mencioná-lo, Milton tratou o camisa 7 do Real Madrid ‘apenas’ como craque, visto que, em sua análise, apresenta lampejos no clube merengue. O jornalista ainda alertou para o desempenho aquém do atacante na Seleção Brasileira.
“O craque é aquele cara que você, na hora do desespero, você fala: ‘bota nele que ele vai resolver pra nós’. Não tem mais. Mesmo o Neymar, que era o nosso último craque, tá aí completamente baleado. Há pelo menos três anos não joga rigorosamente nada. Vinícius Júnior tem lá os seus lampejos no Real Madrid, mas na seleção ele ainda não é o cara”, opinou.
Favoritismo na Copa?
Cético, o jornalista não demonstrou qualquer otimismo em relação à Copa do Mundo de 2026, tampouco à edição 2030. “Eu não acho o Brasil favorito nem para essa e nem para próxima”, completou.