Benjamin Back, o Benja, levantou uma crítica contundente à gestão da SAF que comandou o Vasco recentemente. Durante o programa Domingol deste domingo (23) na CNN Brasil, o comentarista falou sobre os aspectos positivos e negativos da transformação de clubes em empresas, utilizando o Vasco como exemplo negativo para destacar os riscos do modelo.
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Para Benja, a experiência vascaína com a 777 Partners deveria servir como uma lição para aqueles que veem a migração para o modelo de SAF como uma solução definitiva para os clubes brasileiros.
“A SAF do Vasco é uma desgraça. A gente fica usando como referência a SAF dos caras lá fora, para. Olha o dinheiro que colocaram no PSG, no City, no Chelsea”, disparou Benja, mostrando sua frustração com a forma como o modelo foi implementado no Brasil.
O apresentador criticou o fato de se tentar fazer comparações com grandes clubes europeus, cujos investimentos são altíssimos e distantes da realidade do futebol brasileiro. Segundo Benja, as quantias de dinheiro envolvidas em transferências de grandes clubes internacionais são tão exorbitantes que poderiam comprar todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro e ainda sobraria.
A parceria do Vasco com a 777 Partners começou com grande expectativa, mas rapidamente entrou em colapso devido aos problemas financeiros do grupo, que já eram evidentes em outros clubes por onde passava. A falta de planejamento e os altos investimentos não foram acompanhados pela necessidade de estruturação do clube.
O fim da parceria aconteceu após uma intervenção judicial, e a empresa deixou o clube de forma abrupta. Atualmente, Pedrinho, ex-jogador e ídolo do clube, assumiu o comando da gestão de forma ativa, enquanto o presidente do Vasco segue em busca de novos investidores para garantir a continuidade da SAF, ainda que com outra administração.
Benja também comentou sobre o interesse de Ronaldo Fenômeno em adquirir uma SAF, caso o Corinthians decida seguir por esse caminho no futuro. Durante sua participação no Charla Podcast, Ronaldo afirmou que estaria disposto a assumir a SAF do Timão se o clube migrar para esse modelo.
Embora Benja tenha se mostrado fã do trabalho de Ronaldo como gestor, ele fez questão de destacar que não é a favor dessa transformação no Corinthians, um clube que possui um vínculo histórico e emocional muito forte com sua torcida e com a sua gestão associativa.
“Eu sou fã do Ronaldo, adoro o trabalho dele, mas eu não quero que o Corinthians vire uma SAF. O clube tem uma história e uma representatividade que vai além disso. Já fiquei revoltado várias vezes com conselheiros e pessoas envolvidas no clube, mas ainda assim, não é isso que eu quero para o Corinthians”, afirmou o comentarista.
Ele também reconheceu que muitas críticas feitas a antigos dirigentes do clube são válidas, mas que o Corinthians tem uma estrutura que deve ser mantida, não apenas por questões financeiras, mas também por uma ligação histórica com sua torcida e com o futebol brasileiro.
