Em meio a um cenário de instabilidade financeira identificado no início da temporada, o Flamengo traçou um plano estratégico com foco na saúde econômica do clube. A diretoria rubro-negra definiu metas claras a fim de equilibrar o fluxo de caixa ao longo de 2025 e alcançar o orçamento estipulado para o ano, que chega a R$ 1,5 bilhão.
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Com esse objetivo em vista, a venda de jogadores foi colocada como prioridade absoluta nas próximas janelas de transferências. A aquisição de reforços, portanto, foi deixada em segundo plano, sinalizando uma mudança de postura em relação a anos anteriores, quando o clube investiu pesado em contratações de impacto.

“Nosso foco, neste momento, é gerar receita. Isso passa necessariamente pela venda de atletas com bom valor de mercado”, revelou um membro da cúpula do futebol, reforçando o novo direcionamento. Entre os nomes cotados para deixar o elenco, o lateral-direito Wesley aparece como principal ativo do clube.
Revelado pelas categorias de base do Flamengo, Wesley é avaliado internamente como peça-chave na busca por recursos. A diretoria estabeleceu o valor de 40 milhões de euros — cerca de R$ 245 milhões — como meta de arrecadação com sua venda já na próxima janela.
Além dele, o meio-campista Lorran também é monitorado pelo mercado internacional. O CSKA, da Rússia, chegou a formalizar uma proposta ao clube carioca. Contudo, as tratativas não evoluíram e o jovem permaneceu no elenco. Ainda assim, há expectativa por novas investidas no meio do ano.
A diretoria acredita que, com a execução do plano atual, será possível atingir um nível financeiro mais confortável em 2026. Assim sendo, o planejamento passa a ser conduzido com base em metas de receitas concretas, sem comprometer o equilíbrio econômico no curto prazo.
Com essa reestruturação, o clube pretende também evitar a necessidade de recorrer a empréstimos ou antecipações de receitas, algo que comprometeria a sustentabilidade das contas rubro-negras.