A pressão sobre Dorival Júnior aumentou consideravelmente após a goleada por 4 a 1 sofrida pela Seleção Brasileira diante da Argentina, em Buenos Aires. Diante desse cenário, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já discute possíveis mudanças no comando técnico da equipe nacional. A discussão sobre quem poderá assumir o posto ganhou força, principalmente com a manifestação de Jorge Jesus, que demonstrou interesse no cargo, embora tenha imposto uma condição.
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O técnico português aceitaria comandar a Seleção Brasileira, mas somente após o término do Mundial de Clubes, competição que irá disputar com o Al-Hilal, da Arábia Saudita. “Se a Seleção chamar o Jorge Jesus, ele vem depois do Mundial de Clubes”, afirmou o jornalista Vitor Sérgio Rodrigues durante participação na TNT Sports. Atualmente, Jorge Jesus tem contrato com o Al-Hilal até 30 de junho, o que reforça essa limitação temporal para uma eventual transição.
Conforme opinou Mauro Cezar Pereira, Jorge Jesus reúne características que o qualificam para o comando da Seleção. “É o Jorge Jesus, que conhece o futebol brasileiro, conhece os jogadores e não pipoca para ninguém”, destacou o comentarista. Ainda segundo ele, a capacidade do português de se impor perante o elenco é um diferencial relevante. O fato de já ter trabalhado no Brasil, aliás, contribui para sua aceitação entre torcedores e parte da imprensa.
Contudo, outros nomes também são cogitados pela CBF. Carlo Ancelotti é um dos principais concorrentes à vaga. De acordo com Danilo Lavieri, o treinador italiano possui o respeito do meio futebolístico e, caso fosse contratado, teria autoridade imediata sobre o grupo. “Imagina o Ancelotti chegando, todo mundo respeita ele, ninguém vai olhar de lado para ele”, analisou Lavieri.
Filipe Luís e Abel Ferreira completam a lista de possíveis substitutos. Casagrande revelou sua admiração pelo ex-lateral, hoje técnico do Flamengo. “Gosto da visão dele de futebol, do jeito que ele pensa e fala. Mas, se você quer algo mais robusto, tem o Abel Ferreira”, afirmou o ex-jogador. Embora ambos sejam valorizados, Filipe ainda parece hesitante em deixar o clube carioca neste momento, enquanto Abel não conta com amplo apoio interno dentro da CBF.
Por fim, vale destacar que a realização do Super Mundial no meio do ano pode influenciar diretamente os rumos da Seleção. Afinal, a competição pode atrasar decisões e limitar a disponibilidade de treinadores. A próxima Data FIFA, que inclui confrontos contra Equador e Paraguai, também pode representar um divisor de águas. Até lá, o futuro de Dorival Júnior permanece indefinido, enquanto os bastidores seguem movimentados.