O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, oficializou um pedido ao Ministério Público para que seja decretada a prisão preventiva de José Carlos Izidro Pereira, o Peruano, ex-conselheiro e ex-candidato à presidência do clube. A solicitação foi feita na quarta-feira (26 de março), após a divulgação de um vídeo com conteúdo homofóbico publicado por Peruano nas redes sociais.
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No vídeo, o ex-conselheiro questiona a postura de Bap por ter feito uma publicação no perfil oficial do clube em apoio ao Dia do Orgulho Gay, celebrado em 25 de março. Peruano afirma que o presidente “não assinou a nota de racismo contra a Conmebol”, mas compartilhou mensagem em defesa da causa LGBTQIA+ na data comemorativa. “Então é o seguinte: a diretoria dele não tem o negro, mas como é o dia dele, ele está perdoado”, declarou Peruano.
Indiciado por homofobia racial contra BAP, Peruano volta a atacar o presidente eleito no Flamengo pic.twitter.com/z7WKHQE4F3
— Renan Moura (@renanmoura1989) December 10, 2024
A manifestação gerou repercussão imediata e levou Bap a anexar o novo episódio ao processo já existente no MP, no qual o ex-conselheiro é acusado por injúria e homofobia. A medida, segundo fontes ligadas à diretoria, busca garantir que manifestações do tipo sejam coibidas de forma rigorosa, sobretudo quando ligadas a figuras públicas com histórico de participação no ambiente político do clube.
Anteriormente, Peruano já havia protagonizado outras polêmicas dentro do Flamengo. Além de ter disputado a presidência do clube, foi figura ativa em debates internos e campanhas eleitorais. Com o episódio mais recente, a tensão entre grupos políticos da Gávea se intensifica, refletindo um ambiente que, embora esportivo, também é marcado por disputas e embates ideológicos.
O conteúdo do vídeo foi classificado como ofensivo por diferentes setores da torcida e da opinião pública. Apesar disso, até o momento, o ex-conselheiro não se pronunciou oficialmente sobre o pedido de prisão ou sobre as consequências legais de suas declarações.
Assim sendo, o episódio reacende a discussão sobre o papel de ex-dirigentes e conselheiros nas estruturas dos clubes de futebol, sobretudo quando suas manifestações públicas ultrapassam os limites do respeito e da responsabilidade social. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre o andamento do pedido apresentado por Bap.