A diretoria do Corinthians procurou a Federação Paulista de Futebol (FPF) na véspera da grande final do Campeonato Paulista diante do Palmeiras, a fim de manifestar sua preocupação quanto à condução da arbitragem na decisão. A atitude foi tomada após a entidade reconhecer um erro do VAR na semifinal entre Palmeiras e São Paulo, o que acendeu um sinal de alerta no clube alvinegro.
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O diretor executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado, foi o responsável por entrar em contato com a FPF. Segundo apurado, a conversa ocorreu em tom amigável, mas teve como objetivo principal reforçar o desejo de que a arbitragem atue com total atenção e equilíbrio. A preocupação se intensificou após a confirmação de Matheus Delgado Candançan como árbitro da partida e Daiane Muniz no comando do VAR.
A FPF, por sua vez, respondeu que está ciente da responsabilidade e que os árbitros estarão sob uma cobrança ainda maior para garantir uma atuação segura e livre de polêmicas. “Haverá uma cobrança extra. Não se pode tolerar erros em uma decisão como essa”, foi o que assegurou a entidade, conforme relatos internos.
Embora a diretoria corinthiana tenha adotado uma postura institucional ao expor seu incômodo, a reação não foi bem recebida pelos bastidores do Palmeiras. No clube da Barra Funda, a leitura foi de que o posicionamento da FPF sobre o erro na semifinal foi feito em momento inoportuno, criando uma pressão desnecessária sobre os profissionais da arbitragem escalados para a final.
Aliás, internamente, o Palmeiras acreditava que o episódio envolvendo o pênalti polêmico da fase anterior já havia sido superado, especialmente após a atuação segura de Raphael Claus no jogo de ida da final. Por isso, o novo movimento gerou incômodo entre dirigentes palmeirenses.
A bola rola para o duelo decisivo nesta quinta-feira (27 de março), às 21h35 (horário de Brasília), na Neo Química Arena. Como venceu a primeira partida por 1 a 0, o Corinthians tem a vantagem do empate para conquistar o título estadual. Ainda assim, o ambiente pré-jogo acabou sendo influenciado por fatores extracampo, sobretudo em relação ao debate sobre a arbitragem.