O Fluminense está tomando um caminho ousado ao planejar a implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) de uma maneira inovadora. Diferente de outros clubes que optaram por um investidor único para liderar o projeto, o Tricolor carioca trabalha com a ideia de vender cotas para múltiplos acionistas.
Notícias mais lidas:
Esse modelo visa evitar que o poder fique concentrado nas mãos de um só empresário, algo que tem gerado debates no cenário futebolístico brasileiro.
Diversificação de cotistas

Embora a hipótese de um investidor único não esteja completamente descartada, o Fluminense tem investido no modelo com diversos cotistas, buscando a distribuição do controle e da gestão da SAF entre vários acionistas.
Dessa maneira, o clube acredita que pode garantir uma maior diversidade de opiniões e investimentos, além de criar uma rede de tricolores que seriam diretamente envolvidos na gestão e nos rumos do clube.
O modelo proposto é bem diferente do que aconteceu, por exemplo, com o Vasco, onde o controle da SAF ficou com o 777 Partners, um único grupo de investidores. O Fluminense acredita que, com a venda de cotas, sua SAF poderia ser adquirida por um grupo de torcedores apaixonados pelo clube, ao invés de ser vendida diretamente a uma única empresa, como no caso de outros clubes.
SAF do Fluminense trabalha com a ideia de vender cotas para vários acionistas, sem ficar nas mãos de apenas um empresário.
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) March 27, 2025
A hipótese de um investidor único não está descartada, mas o modelo com diversos cotistas é o que vem ganhando força.
O Flu entende que distribuindo cotas… pic.twitter.com/T5gCuvf5X3
Modelo do Fluminense pode ser um divisor de águas
Cabe ressaltar que a aposta do Fluminense em um modelo com múltiplos acionistas traz uma proposta diferenciada se comparado a outras SAFs já implementadas, como as de Cruzeiro e Botafogo, que têm um empresário no comando.
Isso porque o clube acredita que a participação ativa dos torcedores no controle da SAF pode resultar em mais transparência e em decisões que envolvam diretamente a paixão e os interesses da torcida.
Com isso, o Fluminense caminha para um modelo que pode transformar a dinâmica dos clubes brasileiros, quebrando o paradigma de uma SAF com um único investidor, apostando em um futuro mais coletivo e participativo.