Flamengo vai acertar o maior naming rights da história

Escudo do Flamengo no gramado do Maracanã (Foto: Reprodução)

O Consórcio Fla-Flu, responsável pela administração do Maracanã desde 2024, projeta comercializar os naming rights do estádio ainda neste ano. A estimativa é de que o contrato supere os R$ 40 milhões anuais, valor que, se concretizado, representará o maior acordo do tipo no Brasil. Contudo, o plano depende de aprovação do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Apesar de não haver uma consulta formal, o governo estadual ainda não se posicionou oficialmente sobre a autorização. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a venda dos direitos de nome é possível. Entretanto, qualquer alteração na fachada do Maracanã precisa ser previamente aprovada pela autarquia. “Qualquer modificação na identificação deve ser autorizada pelo Iphan”, informou o órgão.

A possibilidade de comercialização não constava no edital original de concessão do estádio. Na época, apenas eventos esportivos, comerciais e de entretenimento foram listados como fontes de receita. Por isso, o tema ainda é analisado pela diretoria do Flamengo, que detém 65% da sociedade do consórcio.

Anteriormente, uma proposta apresentada pelo Vasco, em parceria com a WTorre, já previa a exploração dos naming rights. Na ocasião, o valor estimado era de R$ 10 milhões anuais, bem abaixo da projeção atual do Consórcio Fla-Flu.

Ao mesmo tempo, exemplos como o do Pacaembu, que firmou contrato de R$ 33,3 milhões anuais com o Mercado Livre, mostram que há potencial considerável nesse tipo de negociação. Ainda assim, a tradição e o valor simbólico do nome “Maracanã” impõem desafios adicionais.

Enquanto aguarda a definição do governo, o consórcio segue amadurecendo o projeto. A expectativa é de que o estádio permaneça oficialmente como Estádio Jornalista Mário Filho, mesmo com o acréscimo de uma marca comercial.