O Chelsea passou a enfrentar um sério risco de ser excluído das competições europeias devido a infrações às regras de fair play financeiro da UEFA. A situação veio à tona após a entidade reguladora do futebol europeu considerar irregulares algumas manobras financeiras adotadas pelo clube inglês, especialmente a venda de ativos para empresas associadas ao mesmo grupo controlador.
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De acordo com o jornal britânico ‘The Times‘, os blues teriam ultrapassado os limites de gastos estabelecidos pela UEFA ao tentar equilibrar suas finanças por meio da venda do time feminino e de parte de propriedades como hotéis para a BlueCo, empresa pertencente ao mesmo conglomerado responsável pelo comando do clube. Embora tais transações sejam permitidas pela Premier League, a UEFA desconsidera essas operações no cálculo do fair play financeiro, pois não reconhece a negociação de ativos com empresas “irmãs” como receita válida.
Com essa decisão da UEFA, os balanços do Chelsea foram comprometidos, fazendo com que o clube ficasse com déficit financeiro além do permitido. Por essa razão, a instituição londrina passou a negociar diretamente com a entidade europeia, com o intuito de evitar uma punição esportiva que inclua a exclusão de torneios continentais.
Postura para evitar sanções esportivas
Segundo as informações divulgadas, o Chelsea está disposto a aceitar um plano de reestruturação econômica para os próximos três anos. Isso incluiria a aplicação de limites rigorosos de gastos e, possivelmente, o pagamento de uma multa cujo valor ainda não foi divulgado publicamente. Tal acordo visaria evitar sanções esportivas mais severas, como a retirada do clube das competições organizadas pela UEFA.
A preocupação nos bastidores do clube é evidente, pois uma eventual exclusão de torneios como a Conference League, a Liga Europa ou a Liga dos Campeões teria impactos diretos não apenas na imagem institucional, mas, sobretudo, nas receitas provenientes de premiações, bilheteria, direitos de transmissão e patrocínios.
Enquanto as negociações com a UEFA avançam nos bastidores, resta à diretoria do Chelsea convencer a entidade de que suas ações não configuraram má-fé ou tentativa deliberada de burlar o sistema financeiro esportivo europeu. Em casos similares, como o do Manchester United, a UEFA optou apenas por sanções financeiras, o que serve de precedente favorável aos Blues.
Compromissos na temporada
Apesar do momento de tensão administrativa, a equipe comandada por Enzo Maresca mantém a agenda esportiva regular. O Chelsea está nas quartas de final da Conference League, onde enfrentará o Légia Varsóvia. O jogo de ida está marcado para quinta-feira (10), às 13h45 (de Brasília), na Polônia. Na sequência, o clube ainda enfrentará Ipswich Town, Fulham e Everton pela Premier League.