O ex-jogador e atual comentarista esportivo Muller foi direto ao avaliar o momento do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro. Durante sua participação no programa Gazeta Esportiva, ele não poupou críticas à comissão técnica e ao comando da equipe, destacando principalmente o técnico Leonardo Jardim, cuja atuação tem sido alvo de questionamentos. Para Muller, o clube mineiro enfrenta sérias dificuldades justamente pela ausência de uma liderança técnica sólida.
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“O Cruzeiro não tem treinador!”, afirmou, categórico. Em seguida, reforçou seu ponto de vista ao chamar o comandante português de “fraquíssimo”. A crítica vai além do desempenho recente da equipe e se estende à escolha de Leonardo Jardim para liderar um projeto considerado ambicioso, principalmente por se tratar de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Apesar do currículo de Jardim contar com passagens relevantes por clubes europeus, Muller vê uma grande distância entre ele e outros treinadores estrangeiros que se destacaram no Brasil. “Não acho um bom treinador”, declarou, rejeitando comparações com nomes como Jorge Jesus e Abel Ferreira, que conquistaram títulos de peso no país.
Além das críticas ao técnico, Muller também apontou para uma possível mudança nos bastidores. Ele levantou dúvidas sobre a continuidade de Alexandre Mattos como CEO do clube. Segundo o comentarista, as decisões equivocadas no mercado de transferências desgastaram a imagem do dirigente. “Quando ele fala que a torcida tem um pouco de razão, é porque deu plenos poderes e não soube usar o poder”, opinou.
Contudo, as falhas não seriam exclusivas de Mattos. Muller fez questão de lembrar que Pedro Lourenço, proprietário da SAF, também deve ser responsabilizado pelas escolhas que afetaram o planejamento do clube. Para ele, o dirigente foi conivente ao aprovar negociações que agora se mostram pouco eficientes. “Ele que afiançou as contratações”, afirmou, sugerindo que a exposição pública das falhas administrativas deveria ser evitada.
Assim, o cenário traçado por Muller revela um Cruzeiro pressionado, tanto dentro quanto fora de campo. A soma de um comando técnico questionado e decisões administrativas mal avaliadas colocam o clube em uma posição delicada no Brasileirão, algo que, conforme apontado pelo comentarista, poderia ter sido evitado com mais critério e responsabilidade.