O pensamento de Carlo Ancelotti direcionado a Endrick

Endrick com a camisa do Real Madrid em 2024 (Foto: Reprodução/Instagram)

O desempenho recente de Rodrygo no Real Madrid tem levantado debates sobre sua permanência entre os titulares. Nos últimos 17 compromissos da equipe, o camisa 11 marcou apenas um gol e forneceu três assistências. Ainda que a queda de rendimento ofensivo seja perceptível, há fatores táticos que explicam a manutenção do atacante no time principal.

Conforme a estratégia atual de Carlo Ancelotti, Rodrygo passou a ter atribuições defensivas mais acentuadas. Essa mudança está diretamente ligada à presença de Kylian Mbappé no elenco. A fim de garantir mais liberdade ao francês, o treinador exige maior participação defensiva do ex-jogador do Santos, o que afeta, inevitavelmente, sua contribuição ofensiva.

Enquanto isso, Endrick, revelado pelas categorias de base do Palmeiras, vem sendo pouco aproveitado. O jovem atacante balançou as redes cinco vezes nas últimas 17 vezes em que entrou em campo, desempenho superior ao de Rodrygo no mesmo período. Apesar disso, Ancelotti demonstra resistência em escalá-lo, sobretudo na ponta direita do ataque.

“O setor direito precisa ser ocupado por alguém que ofereça equilíbrio ao sistema e libere Mbappé e Vini Jr”, teria defendido Ancelotti em conversas internas. Tal postura evidencia a preferência do técnico por um perfil mais tático do que goleador para essa faixa do campo, ainda que o momento técnico de Endrick seja melhor.

Ademais, na atual edição da Champions League, Rodrygo se mostrou mais decisivo que Vinícius Júnior. Essa performance em jogos de maior exigência pode ser outro fator que sustenta sua titularidade, mesmo com números discretos nas últimas semanas.

Por fim, o Real Madrid vive situação complicada na competição europeia. Após a derrota por 3 a 0 para o Arsenal, no Emirates Stadium, o clube depende de uma virada histórica para avançar à semifinal. O contexto acirra a discussão sobre quem deve ser o titular no ataque merengue.