O Vasco trouxe três reforços para o ataque no fim de fevereiro, reacendendo a esperança da torcida. No entanto, pouco mais de um mês depois, a realidade mostra que os caminhos de Nuno Moreira, Benjamín Garré e Loide Augusto dentro do elenco são bem distintos. Enquanto o português caiu nas graças da torcida e se tornou peça-chave, o argentino ainda busca afirmação, e o angolano enfrenta dificuldades para convencer.
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Nuno Moreira: a rápida adaptação e a confiança da torcida
Se tem um jogador que chegou e já parece veterano no Vasco, esse é Nuno Moreira. O português demorou para estrear, mas quando entrou em campo, se firmou rapidamente. Já são 396 minutos jogados, com três participações diretas em gols e boas atuações ao lado de Philippe Coutinho.
A identificação com a torcida é evidente, e até Carille destacou essa rápida adaptação:
“O Nuno chegou, colocou a camisa e parece que está aqui há 30 anos.”
Além disso, o jogador se encaixou perfeitamente na proposta do treinador, sendo essencial pelo lado esquerdo. Por isso, hoje é difícil imaginar um Vasco competitivo sem sua presença entre os titulares.
Benjamín Garré: um início promissor, mas ainda em construção
Diferente de Nuno, Garré ainda tenta se consolidar. O argentino, que chegou do futebol russo, precisou de um tempo para se adaptar ao ritmo brasileiro. Sendo assim, sua titularidade ainda não é garantida, principalmente porque concorre com Adson e Rayan pela vaga na ponta direita.
Mesmo assim, o meia mostrou evolução e, na última partida, deu sua primeira assistência para Vegetti, comemorando muito com os companheiros. Carille reconhece o potencial do jogador e acredita que ele tem margem para crescimento:
“Claro que vai levar um tempo para se adaptar, para estar bem e fazer o seu melhor. Ele é um meia armador que trabalha muito a bola. Não é um ponta de velocidade.”
Com isso, a expectativa é que Garré siga ganhando minutos e mostrando mais consistência.
Loide Augusto: vaias, críticas e dificuldades de adaptação
Se Nuno é querido e Garré busca espaço, Loide vive uma situação oposta. O angolano ainda não conseguiu conquistar a confiança da torcida e, na última partida contra o Puerto Cabello, chegou a ser vaiado ao entrar em campo.
Dessa maneira, a insatisfação não vem apenas dos torcedores. O próprio elenco já demonstrou incômodo com algumas atitudes do atacante. Payet, por exemplo, deu um puxão de orelha no jogador após ele perder uma bola e não retornar para marcar.
Além disso, Loide teve uma conversa com Felipe e a comissão técnica para entender o que precisa melhorar. A avaliação interna é de que ele ainda sofre para se adaptar ao futebol brasileiro, mas isso não o isenta de cobranças.
O futuro do trio no Vasco
O cenário atual mostra três trajetórias distintas dentro do elenco. Enquanto Nuno Moreira se tornou peça-chave, Garré tenta se firmar e Loide precisa provar seu valor. Vale destacar que, no futebol, tudo pode mudar rapidamente, e o desempenho nos próximos jogos será determinante para definir o espaço de cada um no Vasco.