Na manhã desta sexta-feira (11), o presidente da Fifa, Gianni Infantino, se pronunciou sobre os graves incidentes ocorridos nos arredores do Estádio Monumental de Santiago, no Chile, durante a partida entre Colo-Colo e Fortaleza, válida pela fase de grupos da Copa Libertadores. Dois torcedores do time chileno perderam a vida em circunstâncias violentas, gerando forte repercussão no cenário esportivo internacional.
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Infantino demonstrou solidariedade em uma publicação nas redes sociais. “Estou profundamente consternado depois de saber dos trágicos incidentes ocorridos antes do jogo da Libertadores entre Colo-Colo e Fortaleza, que causaram a morte de duas pessoas e deixaram feridas várias outras”, declarou. O dirigente ainda estendeu condolências às famílias das vítimas, aos clubes envolvidos, à Conmebol e à Federação Chilena de Futebol.
Os acontecimentos que culminaram nas mortes se deram do lado de fora do estádio, onde houve confronto entre policiais e torcedores. Segundo a imprensa local, os dois torcedores foram atropelados por uma viatura da polícia. A situação provocou revolta em parte da torcida, o que acabou influenciando diretamente o clima dentro da arena.
Durante o segundo tempo da partida, com o placar empatado em 0 a 0, houve uma invasão de campo por torcedores do Colo-Colo. O incidente obrigou a arbitragem a interromper o jogo. Objetos foram arremessados em direção ao gramado, e um dos vidros de proteção do setor das arquibancadas foi quebrado. Deyverson, atacante do Fortaleza, chegou a mostrar os objetos ao juiz antes da suspensão definitiva.
A delegação do Fortaleza afirmou, posteriormente, que todos os seus membros estavam em segurança. Jogadores e integrantes do clube ofereceram apoio aos torcedores tricolores presentes no local, demonstrando preocupação com a integridade de todos os envolvidos.
A confusão gerou forte repercussão política e esportiva no Chile. O Ministério Público anunciou investigações sobre a participação da polícia nas mortes, enquanto o chefe de segurança dos estádios do país renunciou ao cargo. O Colo-Colo, por sua vez, pode enfrentar punições severas da Conmebol, incluindo a exclusão da competição.