Contratado pelo Cruzeiro por indicação de Fernando Diniz, o atacante Marquinhos vive um cenário já conhecido em sua carreira. O jogador, revelado pelo São Paulo e com vínculo atual com o Arsenal, da Inglaterra, chegou ao clube mineiro por empréstimo até o fim da temporada. Sua chegada visava suprir uma lacuna no elenco: um atacante canhoto que atuasse pelos lados do campo. Contudo, a rápida saída de Diniz do comando celeste alterou completamente sua trajetória.
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Fernando Diniz deixou o Cruzeiro após apenas três partidas oficiais. Nesse curto período, Marquinhos teve duas oportunidades como titular e entrou no intervalo da terceira, contra o Betim. Naquela altura, disputava espaço principalmente com Eduardo. Com a chegada de Leonardo Jardim, o panorama mudou drasticamente. O português assumiu o comando após Wesley Carvalho, que utilizou Marquinhos em quatro partidas, sendo duas como titular.
A nova gestão técnica reduziu significativamente o tempo de jogo do atacante. Jardim optou por escalar Dudu e Wanderson como pontas titulares, enquanto Lautaro Díaz, Kaio Jorge e Gabigol passaram a ser os nomes mais utilizados na função ofensiva. Marquinhos só foi titular diante do Democrata GV, num confronto marcado pelo uso de reservas. Em outros jogos decisivos, como os duelos contra o América pela semifinal do Mineiro, ele somou apenas 40 minutos.
O momento mais delicado ocorreu após a pausa de um mês sem jogos oficiais. Marquinhos sequer foi relacionado na derrota para o Mushuc Runa e não entrou em campo na estreia da Sul-Americana contra o Union Santa Fé. No Campeonato Brasileiro, jogou por 12 minutos contra o Mirassol e 20 minutos contra o Internacional, sinalizando sua atual condição no elenco.
Aliás, esse cenário remete diretamente à passagem do jogador pelo Fluminense em 2024. Também emprestado pelo Arsenal, Marquinhos iniciou o ano buscando espaço e foi ganhando destaque sob comando de Diniz. Chegou a fazer 12 partidas consecutivas como titular. Entretanto, após a saída do treinador e chegada de Mano Menezes, perdeu espaço e terminou o ano com apenas seis participações no segundo turno do Brasileirão.
Em suma, o atacante soma 12 jogos com a camisa do Cruzeiro, com um gol e uma assistência. Ainda que tenha sido contratado como reforço pontual, o histórico recente repete um padrão: destaque inicial com Diniz e perda de espaço com a troca de comando técnico. A situação atual indica um novo desafio para o jogador na tentativa de retomar espaço no elenco celeste.