Durante participação no programa “Galvão e Amigos”, exibido na TV Bandeirantes na segunda-feira (14 de abril), o ex-jogador e comentarista Neto não poupou críticas às convocações recentes da seleção brasileira. De maneira contundente, ele questionou a preferência por atletas que atuam no futebol europeu em detrimento daqueles que se destacam no cenário nacional.
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“Se o João Pedro e o Matheus Cunha forem na USP ou no Shopping Morumbi, ninguém sabe quem é”, disse Neto. A fala ilustra sua insatisfação com a escolha de nomes que, apesar de atuarem em ligas como a Premier League, não possuem grande reconhecimento entre os torcedores brasileiros. A crítica se estendeu ainda ao fato de jogadores como Hulk e Gabigol seguirem fora das listas de convocados, mesmo com bom desempenho nos clubes.

Aliás, Neto também lamentou a ausência de oportunidades para Bruno Henrique, atacante do Flamengo. “O Bruno Henrique tem 100 gols no Flamengo e nunca teve uma chance”, afirmou. Conforme sua análise, há um descompasso entre mérito e convocação, especialmente quando se compara o que é feito nos clubes brasileiros com o que acontece fora do país.
Surpreendentemente, o comentarista foi além e polemizou ao comparar dois dos principais nomes do Real Madrid. “Rodrygo é muito mais jogador que o Vinicius Jr.”, disparou Neto, em uma frase que inevitavelmente gerou repercussão entre torcedores e analistas. A declaração reforça sua visão crítica sobre como alguns jogadores têm maior visibilidade sem necessariamente apresentarem desempenho superior.
Ainda que o debate sobre critérios de convocação seja antigo, Neto voltou a trazer à tona outras dúvidas recorrentes. “Por que o Pedro não jogou a Copa de titular? Por que o Gerson não é titular da seleção desde 2019? Por que o Bruno Guimarães?”, questionou, deixando claro seu desconforto com decisões da comissão técnica.
Em síntese, o desabafo de Neto reacende uma discussão importante: o reconhecimento dos talentos que atuam no Brasil. Conforme o ex-jogador, valorizar os atletas que se destacam por aqui pode ser essencial para fortalecer a identidade da seleção com o torcedor brasileiro.