Tudo o que sabemos sobre a SAF do Fluminense

Bandeira do Fluminense (Foto: Reprodução/Fluminense)

O Fluminense vive um momento decisivo em seu planejamento estrutural, com a discussão sobre a transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Até o momento, nenhuma proposta foi formalizada, embora haja a expectativa de recebimento nas próximas semanas. O banco BTG Pactual foi contratado para intermediar o processo, apresentando os números do clube a interessados e conduzindo as negociações.

A proposta mais desejada pela diretoria é a criação de um fundo composto por torcedores tricolores. Contudo, o clube não descarta outras alternativas, desde que os valores e condições sejam semelhantes. Os investidores interessados precisam assinar um acordo de confidencialidade e, em seguida, analisar detalhadamente as finanças da instituição. A divulgação dos nomes envolvidos será feita apenas se houver consenso, embora o clube defenda transparência junto à torcida.

Os termos financeiros da negociação são compostos por três pilares: o aporte primário (destinado a capital de giro), a assunção da dívida — estimada em R$ 822 milhões — e o investimento contínuo no futebol por um período definido. A definição desses valores ocorrerá apenas após a apresentação de uma proposta oficial. Caso o BTG tenha cotistas interessados, uma auditoria externa será acionada para garantir imparcialidade.

A governança da futura SAF será compartilhada entre representantes do investidor e do clube. A escolha do CEO caberá ao Conselho Administrativo da nova estrutura. Segundo a diretoria, não há exigência para que Mário Bittencourt ocupe o cargo, pois isso inviabilizaria acordos com acionistas. Já o futebol feminino fará parte do projeto da SAF, que englobará toda a estrutura esportiva.

Conforme esclarecido, o Fluminense poderá vender novas participações da SAF, desde que mantenha ao menos 10% da propriedade. Em relação à distribuição de lucros, o clube pretende incluir uma cláusula de performance esportiva, evitando dividendos em caso de desempenho insatisfatório. O rito de votação interna ainda será definido, com debate entre Assembleia Geral e Conselho Deliberativo.