Após a demissão de Pedro Caixinha, o CEO do Santos, Pedro Martins, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (15) para esclarecer os motivos da mudança no comando técnico e detalhar os próximos passos do clube. Conforme explicou, a decisão partiu de uma análise conjunta dentro da diretoria e faz parte de um movimento mais amplo de reestruturação do departamento de futebol.
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Martins fez questão de ressaltar que, apesar da troca, há elementos positivos a serem preservados do trabalho anterior. “A reflexão sobre a escolha do novo comandante é não jogar fora o que tem de bom”, declarou, destacando avanços relacionados à mudança de cultura interna do clube, promovidos durante a passagem de Caixinha.
Um ponto de destaque na fala do dirigente foi a postura quanto à autonomia do novo treinador. “Quando a gente fala que não vai entregar a chave, é porque nenhum treinador deve ter a chave do clube”, afirmou. A intenção, segundo ele, é inserir o técnico em um projeto coletivo, no qual decisões sejam tomadas em consonância com a diretoria, e não de maneira centralizada.
Atualmente, o clube negocia com Jorge Sampaoli, que já teve passagem marcante pela Vila Belmiro em 2019. Naquela ocasião, o argentino exercia forte influência no dia a dia do CT. Contudo, desta vez, conforme destacou Martins, o modelo será diferente, mais colaborativo e menos personalista.
O CEO também fez uma análise sobre o elenco atual, avaliando que há potencial para um desempenho mais consistente ao longo da temporada. Para ele, é necessário que os jogadores se comprometam mais com o jogo coletivo e assumam suas responsabilidades dentro de campo.
Por fim, Pedro Martins concluiu que o Santos ainda possui um grupo competitivo. “Esse time pode render muito mais, e os jogadores sabem disso. Hoje, temos um conjunto de indivíduos. Precisamos ser uma equipe”, declarou.