Bastidores: árbitro acrescenta informação importante em súmula de Palmeiras x Corinthians

Escudos de Palmeiras e Corinthians (Imagem: Editoria de arte/Gávea News/Henrique Machado)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta terça-feira (15), um adendo à súmula da partida entre Palmeiras e Corinthians, válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O árbitro Rafael Rodrigo Klein registrou ofensas homofóbicas direcionadas ao atacante Ángel Romero, do Corinthians, ocorridas durante o aquecimento no gramado da Arena Barueri.

Conforme relatado pelo juiz, os cânticos preconceituosos partiram de torcedores do Palmeiras antes mesmo do início do clássico, vencido pelo time alviverde por 2 a 0. “Tivemos conhecimento, no dia após a partida, por meio da imprensa, de um fato ocorrido durante o aquecimento das equipes”, escreveu Klein, referindo-se às ofensas contra o jogador paraguaio.

O árbitro explicou ainda que ele e sua equipe estavam nos vestiários no momento dos gritos, motivo pelo qual a ocorrência não foi relatada inicialmente. “Não foi nos informado, nem antes, durante e após a partida, seja pelo atleta ou pela equipe visitante”, acrescentou. Apesar disso, a repercussão fez com que a situação fosse registrada oficialmente no documento da partida.

Após o jogo, Romero demonstrou indignação em entrevista na zona mista. “Essa pergunta deveria ser para a presidente do Palmeiras, saber se ela está preocupada com isso”, afirmou, em referência a Leila Pereira. O atacante também lamentou que episódios como esse continuem se repetindo: “Convivo com isso todo dia”, disse.

A diretoria do Palmeiras, por sua vez, emitiu nota oficial repudiando o comportamento de parte de sua torcida. O clube afirmou estar comprometido com o combate à homofobia, racismo e xenofobia, além de promover campanhas educativas e cobrar punições mais rigorosas às autoridades responsáveis.

Vale lembrar que, em 2023, o Corinthians foi punido com um jogo de portões fechados na Neo Química Arena por gritos homofóbicos vindos de sua torcida em confronto contra o São Paulo. O caso atual reforça a urgência de ações efetivas contra manifestações preconceituosas nos estádios brasileiros.