O torcedor que acompanhou a goleada por 6 a 0 do Flamengo sobre o Juventude, na última quarta-feira (16), deve ter se perguntado o mesmo que a comentarista Ana Thaís Matos: por que um time líder do Brasileirão, com um dos elencos mais caros da América do Sul, jogou em um Maracanã com tantos espaços vazios?
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Apesar do desempenho de gala, com gols de Pedro (2), Erick Pulgar, Plata, Danilo e Arrascaeta, o estádio registrou público de 31.445 presentes e apenas 28.931 pagantes. Um número que chama atenção justamente pela ausência de massa rubro-negra em uma noite tão inspirada. Isso porque os setores fechados e os protestos da torcida revelaram um problema sério nos bastidores.
Preços altos e decisões questionáveis
Durante a transmissão, Ana Thaís foi direta ao abordar o tema: “Dono de um dos elencos mais badalados do América do Sul, o Flamengo não pode jogar para menos de 30 mil torcedores no estádio”.
A crítica tem fundamento, especialmente quando se observa que os ingressos custavam entre R$ 80 e R$ 500. Além disso, setores do Maracanã foram mantidos fechados, o que pode ter afastado ainda mais parte da torcida popular.
Vale destacar que, mesmo com a boa fase do time, a relação entre arquibancada e diretoria tem ficado tensa. A torcida protestou contra BAP, novo presidente do clube, durante boa parte da partida, cobrando medidas urgentes para reaproximar o Flamengo de seu povo.
Sendo assim, a questão ultrapassa o futebol jogado. Trata-se de manter viva a identidade popular do Flamengo, que sempre teve como força principal a presença massiva de sua torcida. Por isso, o alerta de Ana Thaís é pertinente: não adianta ter show em campo se o espetáculo nas arquibancadas perde brilho.
Dessa maneira, a diretoria precisa rever suas decisões. Com isso, será possível garantir que o Maracanã volte a ser o caldeirão que sempre empurrou o Mengão rumo às vitórias.