Em meio a uma fase turbulenta, o Corinthians iniciou tratativas com Adenor Leonardo Bachi, o Tite, técnico multicampeão e amplamente identificado com o clube. A iniciativa da diretoria interrompe, inclusive, os planos do treinador na Arábia Saudita, onde ele avaliava propostas para continuar sua carreira.
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A decisão de priorizar o retorno de Tite representa uma guinada significativa no planejamento alvinegro. Até recentemente, o Corinthians analisava nomes mais jovens e até estrangeiros para o comando técnico, com o objetivo de renovar a proposta de jogo e modernizar o desempenho em campo. Contudo, a demissão de Ramón Díaz, somada à instabilidade recente da equipe, alterou completamente os rumos da diretoria.
Segundo fontes próximas à diretoria, a escolha por Tite se deve a uma combinação de fatores técnicos e institucionais. O treinador é, afinal, um dos nomes mais vitoriosos da história do clube, tendo conquistado títulos como a Libertadores e o Mundial de Clubes, além de gozar de enorme respaldo entre torcedores e elenco. A possibilidade de trazer de volta uma figura com tamanho histórico resgata a memória de uma das fases mais gloriosas.
O presidente e os membros da cúpula alvinegra veem em Tite o perfil ideal para liderar um projeto de reconstrução. Conforme apurado, a estratégia da diretoria vai além de buscar resultados imediatos: trata-se de uma proposta voltada à estabilidade e ao crescimento contínuo.
Assim sendo, o clube pretende estabelecer um planejamento de médio a longo prazo sob a liderança de alguém que conhece profundamente o ambiente interno e o peso do comando corinthiano.
“Ele reúne todas as características que buscamos: experiência, liderança e domínio tático”, afirmou um dirigente ouvido sob condição de anonimato. Ainda que outros nomes tenham sido cogitados, a escolha por Tite foi unânime entre os principais setores da administração do futebol.
Entre os argumentos que embasaram essa mudança de rumo estão a comprovada capacidade do treinador de organizar equipes, sua firmeza no controle de grupo e sua postura diante da pressão externa. “Tite sempre trabalhou com foco em disciplina, estrutura e motivação do elenco”, destacou uma fonte ligada ao departamento de futebol.
Entretanto, mesmo com o otimismo nos bastidores, o retorno ainda depende de ajustes contratuais e da anuência final do próprio técnico, que também estuda propostas do exterior. No entanto, a interlocução entre as partes já está em curso, e a diretoria corinthiana considera o cenário promissor.