O clássico entre São Paulo e Santos, realizado no domingo (20), terminou com um roteiro digno de cinema para os torcedores tricolores. A vitória por 2 a 1, construída com um primeiro tempo de alto nível técnico, teve como grande destaque o goleiro Rafael. O arqueiro protagonizou uma defesa espetacular nos acréscimos da etapa final e garantiu o triunfo no Morumbi, arrancando comparações com o ídolo Rogério Ceni.
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Atuação de gala
O São Paulo impôs ritmo acelerado desde o início e marcou dois gols ainda na primeira etapa, com André Silva e Ferreirinha. O segundo tempo, entretanto, foi marcado por um recuo acentuado da equipe comandada por Luis Zubeldía, o que aumentou consideravelmente a pressão santista. O Santos chegou a diminuir o placar nos acréscimos do primeiro tempo e passou a rondar com perigo a área são-paulina nos minutos finais.
Aos 48 minutos do segundo tempo, quando o empate parecia iminente, Rafael apareceu de forma decisiva. Em uma cabeçada precisa de Thaciano, o goleiro se esticou no canto e, com uma defesa à queima-roupa, impediu o gol de empate.
A intervenção foi tão impactante que gerou uma onda de reações nas redes sociais. Torcedores, empolgados com o gesto técnico e a frieza do goleiro, começaram a chamá-lo de “Rafael Ceni”, em alusão ao eterno camisa 1 do clube.
“Foi um lance de pura intuição e foco. Sabia que era o momento decisivo e que precisava estar ali para ajudar o time”, afirmou Rafael após o jogo.
Comparações e comoção nas redes
A repercussão foi imediata. A hashtag #RafaelCeni figurou entre os assuntos mais comentados do X na noite de domingo. A alcunha, aliás, carrega peso histórico, afinal, evoca um dos maiores ídolos da história são-paulina.
Conjunto coletivo e destaques
Apesar da consagração de Rafael, outros nomes também se destacaram na atuação do São Paulo. Ferreirinha, por exemplo, vive fase impressionante. Autor de um dos gols no clássico, o atacante chegou à marca de cinco gols na temporada, desempenho que ganhou ainda mais atenção após um desafio público feito por Neto, ex-jogador e comentarista.
“Ele duvidou que eu faria dez gols no ano. Metade do caminho já foi”, disse Ferreirinha, sorridente.
Matheus Alves, revelado pelas categorias de base de Cotia, também teve papel fundamental. Atuando como meia criativo, supriu as ausências de Lucas e Oscar e mostrou maturidade na articulação ofensiva. “Alves foi o cérebro do time no primeiro tempo. Controlou bem a partida”, avaliou Zubeldía em entrevista pós-jogo.
Planejamento e lições do jogo
O técnico argentino, aliás, optou por uma formação mista, apostando em velocidade pelas pontas e intensidade na marcação. A estratégia deu resultado, ao menos na etapa inicial. Contudo, o recuo no segundo tempo quase comprometeu a vantagem. “Temos que manter a mesma intensidade durante os 90 minutos. O recuo foi além do necessário”, reconheceu Zubeldía.
Por outro lado, a entrega defensiva, somada ao brilho de Rafael, garantiu três pontos importantes na sequência do Campeonato Brasileiro. O São Paulo, que buscava retomar a confiança diante de sua torcida, encontrou no seu camisa 23 o símbolo da noite.