A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta segunda-feira (21), os áudios das revisões do VAR na partida entre Fluminense e Vitória, disputada no domingo anterior, no Maracanã. O empate por 1 a 1 gerou reclamações por parte dos tricolores, sobretudo após um lance envolvendo Arias na área adversária. O jogador foi ao chão após um contato com Lucas Halter, e o Fluminense pediu pênalti.
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No entanto, de acordo com o árbitro Matheus Delgado Candançan, o toque existiu, mas não teve impacto suficiente para ser considerado falta. “Teve um contato de agarrão, mas não impacta”, declarou o juiz durante a análise. O VAR, composto por Márcio Henrique de Gois e Amanda Matias Masseira, validou a decisão de campo, sem interferência na marcação.
Renato Gaúcho, técnico do Fluminense, demonstrou forte insatisfação com a arbitragem. “Quem apita os jogos hoje é o VAR. Não sou contra, mas do jeito que está, só prejudica”, afirmou. Para ilustrar seu descontentamento, o treinador comparou a condução do VAR a “dar uma Ferrari para o Stevie Wonder pilotar”, fazendo alusão à deficiência visual do cantor norte-americano.
Ainda durante sua coletiva, Renato classificou o lance como “ridículo” e cobrou mais preparo por parte da equipe responsável pelas análises. “No futebol brasileiro, é inaceitável um VAR não ver um puxão claro de camisa”, disse o técnico, acrescentando que o árbitro deveria ter sido alertado. Ele sugeriu, inclusive, que a CBF promova diálogos semanais entre treinadores e a comissão de arbitragem.
Com o resultado, o Fluminense permaneceu com 10 pontos e ocupa a terceira colocação na tabela do Campeonato Brasileiro, atrás de Palmeiras e Flamengo. A equipe carioca volta a campo na próxima quarta-feira (23), fora de casa, contra o Unión Española, pela Copa Sul-Americana.
Apesar do protesto tricolor, a decisão da arbitragem se manteve, e o lance segue como mais um episódio no debate constante sobre a atuação do VAR no futebol brasileiro.
