A atuação do árbitro de vídeo voltou a ser centro das atenções no futebol brasileiro. Durante o programa “Galvão e Amigos”, exibido na noite de segunda-feira (21 de abril), Galvão Bueno demonstrou forte insatisfação com os rumos que a arbitragem tem tomado no Campeonato Brasileiro. O apresentador da Band fez críticas contundentes ao VAR, ressaltando que o recurso tecnológico, quando mal utilizado, compromete a fluidez e a essência do jogo.
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Segundo Galvão, um dos principais problemas está na maneira como os lances são interpretados. “O VAR vai acabar matando o futebol. Gente, é completamente diferente o árbitro ver na velocidade normal do que em câmera lenta que o VAR fica vendo. Então, alguns lances, parece que a pancada foi maior do que foi. Essa coisa do VAR está sem controle”, declarou o narrador.
Aliás, ele também questionou os protocolos que envolvem a marcação de impedimentos. Para Galvão, a recomendação de esperar até o fim da jogada para levantar a bandeira pode trazer sérias consequências aos atletas. “Até o dia que alguém quebrar a perna. Isso é um absurdo”, afirmou. A crítica se estende ainda à demora nas decisões, que, conforme apontou, afasta o torcedor da emoção espontânea do futebol. “Cada lance o torcedor tem que esperar 5 minutos para saber se foi gol ou não, isso é um absurdo”, reforçou.
A rodada do último final de semana do Brasileirão intensificou as discussões. Diversos clubes demonstraram descontentamento com decisões da arbitragem. Grêmio, Fluminense e São Paulo alegaram pênaltis não marcados, enquanto o Ceará questionou um pênalti assinalado nos minutos finais. As queixas evidenciam a insatisfação crescente não apenas entre os clubes, mas também entre figuras influentes do futebol.
Nesse sentido, Galvão não foi o único a se posicionar publicamente. Nomes conhecidos da mídia esportiva, como Craque Neto e Felipe Melo, também criticaram a atuação dos árbitros na rodada. As manifestações revelam um cenário de desconfiança em relação à condução das partidas e à eficácia dos recursos tecnológicos implementados.
Portanto, a fala de Galvão Bueno acende um sinal de alerta. Embora o VAR tenha sido introduzido com o intuito de reduzir erros e aumentar a justiça no esporte, o uso desmedido ou mal aplicado pode, conforme ele destaca, acabar minando a própria essência do futebol — a paixão, a velocidade e a emoção imediata que cativam milhões de torcedores.
