Após duas décadas dedicadas ao futebol profissional, o ex-atacante Muriqui decidiu mudar de campo, mas permaneceu próximo das quatro linhas. Revelado pelo Madureira e com passagens destacadas por Vasco, Atlético-MG e clubes da China, o jogador encerrou sua trajetória como atleta em fevereiro de 2024, quando vestia a camisa do Joinville. Desde então, iniciou um novo ciclo como empresário e investidor.
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O novo passo na carreira começou a se desenhar ainda em 2024, quando Muriqui passou a representar jogadores. Durante uma negociação, conheceu Renato Antunes, CEO da SAF do Rio Branco-ES, que, posteriormente, o convidou para integrar o grupo de sócios-investidores do clube. A decisão foi tomada logo após a final da Copa Espírito Santo Sub-20, em um momento que ele próprio definiu como decisivo para seu futuro no futebol fora das quatro linhas.
“Quando eu terminei a minha carreira, decidi que ficaria um tempo parado para pensar. Quatro meses depois, comecei a empresariar alguns atletas”, declarou. “Foi então que, após visitar o Espírito Santo, recebi o convite para investir no clube”, completou o ex-jogador.
Atualmente, o Rio Branco vive uma fase de crescimento expressivo dentro e fora de campo. Com o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) implementado desde o início de 2024, o clube alcançou o bicampeonato estadual após 42 anos. Além disso, multiplicou por 20 o investimento no futebol e ampliou sua receita em 700%. O número de sócios-investidores já passa de 50, com maioria formada por empresários locais.
Muriqui destaca que acompanha atentamente o cenário do futebol capixaba e se mostra confiante com o potencial da região. “Estou bem confiante com o futuro do futebol capixaba. O campeonato tem melhorado, com mais visibilidade, organização e patrocínios”, afirmou. Segundo ele, o fortalecimento de outros clubes, como Porto Vitória e Desportiva Ferroviária, é positivo, pois eleva o nível competitivo e obriga todos a saírem da zona de conforto.
Com os olhos voltados para o futuro, o ex-atacante revelou que pretende ser proprietário de um clube formador. Embora o projeto ainda esteja em fase inicial, Muriqui afirma que está estudando o mercado e buscando se especializar em gestão esportiva. “Eu vivi aquilo que acontece em campo, então sei o que faz parte do processo do atleta, e sempre passo isso para o clube”, concluiu.
