Após situação de Tite, Paulinho é sincero sobre saúde mental

Paulinho em ação pelo Corinthians (Foto: Reprodução/Corinthians)

O ex-volante Paulinho, que conquistou títulos importantes sob o comando de Tite no Corinthians e na seleção brasileira, utilizou suas redes sociais para abordar um tema ainda pouco discutido no futebol: a saúde mental dos profissionais do esporte. Em sua postagem, o ex-jogador destacou as “batalhas silenciosas” enfrentadas pelos atletas, mesmo em meio a conquistas e aplausos da torcida.

Paulinho enfatizou que o futebol, embora seja uma paixão nacional, esconde realidades duras nos bastidores. “Muitos profissionais enfrentam batalhas silenciosas que não aparecem nas estatísticas”, declarou, referindo-se aos desafios emocionais comuns no ambiente esportivo. A publicação foi feita logo após Tite, seu antigo treinador, recusar um convite para retornar ao Corinthians alegando motivos de saúde mental.

A decisão de Tite trouxe à tona a pressão constante que recai sobre técnicos e jogadores. Conforme apontado por um coordenador técnico do Mirassol, as cobranças por resultados, somadas à exposição nas redes e à crítica contínua, têm impacto direto no bem-estar emocional. Estudos citados indicam que 31,7% dos atletas de elite já relataram sintomas de depressão, enquanto 18,8% convivem com níveis significativos de ansiedade.

Aliás, Paulinho não está sozinho nesse posicionamento. Outros nomes de destaque no esporte, como Simone Biles, Rebeca Andrade, Gabriel Medina e Yuri Alberto, também compartilharam experiências semelhantes. Esses relatos reforçam a necessidade de abrir espaço para o diálogo sobre saúde emocional nos bastidores das competições.

Abril, mês da campanha Abril Verde, tem como foco a saúde e a segurança no ambiente de trabalho, incluindo o futebol. Assim, é essencial lembrar que o cuidado mental deve ser uma prioridade. “Um profissional equilibrado emocionalmente é capaz de alcançar seu máximo potencial”, concluiu Paulinho.

Portanto, discutir a saúde mental no futebol não é apenas necessário, mas urgente. É preciso criar ambientes acolhedores que incentivem o autocuidado, quebrando estigmas e promovendo o suporte contínuo aos atletas.