Um grupo de torcedores protestou contra os preços praticados na Arena do Grêmio no último sábado (19). A manifestação ocorreu durante o clássico contra o Inter, quando faixas e cartazes com a frase “Ingresso caro = povão na rua! Ingressos baratos já!” foram fixados em postes e estruturas externas ao estádio, conforme relatado pelo movimento Tribuna 77.
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O Tribuna 77, que atua na Arquibancada Superior Norte há mais de 11 anos, liderou o ato, mas optou por não indicar um porta-voz para conversar com a imprensa. Aliás, o grupo afirmou que as manifestações não devem cessar e promete novas ações nos próximos jogos, reforçando o pedido de ingressos mais acessíveis. Afinal, os torcedores reclamam dos altos preços cobrados nos setores do estádio.
Durante os confrontos contra o Atlético Grau e o Flamengo, realizados respectivamente nos dias 8 e 13 de abril, faixas semelhantes foram exibidas e removidas pela segurança da Arena Porto-Alegrense e pela Brigada Militar. Entretanto, no clássico Gre-Nal, uma nova faixa foi exposta e, inesperadamente, não foi recolhida, o que chamou a atenção de quem esteve presente.
Procurada, a administração da Arena justificou que a retirada anterior das faixas se deu pela não observância de normas internas. Segundo a empresa, para a exibição de materiais, é necessária aprovação prévia do conteúdo pela Brigada Militar, além do reconhecimento oficial da torcida junto ao clube. Conforme o artigo 158 da Lei Geral do Esporte, tais requisitos são obrigatórios para garantir a permanência de torcedores e materiais no estádio.
O movimento Tribuna 77, por sua vez, argumenta que não se configura como torcida organizada e, portanto, entende que não precisa cumprir tais exigências. Contudo, a Arena Porto-Alegrense preferiu não se pronunciar sobre a política de preços dos ingressos, que atualmente variam de R$ 60 a R$ 250 nas partidas em Porto Alegre.
Portanto, o impasse continua. De um lado, a administração da Arena amparada pela legislação vigente; do outro, torcedores que, apesar de não se considerarem organizados formalmente, reivindicam condições mais acessíveis para acompanhar o Grêmio. Eventualmente, novas manifestações devem ocorrer, enquanto o debate sobre a democratização do acesso ao estádio segue em pauta.
