A declaração de Fernando Diniz direcionada ao Cruzeiro

Escudo do Cruzeiro (Foto: Reprodução/Cruzeiro)

Fernando Diniz abriu o jogo sobre a demissão do Cruzeiro. O treinador convivia com a pressão interna e externa pela falta de bons resultados após o vice-campeonato da Sul-Americana e por não ter se classificado para a Libertadores.

Fernando Diniz durante apresentação no Cruzeiro (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Em entrevista ao “ge”, no quadro “Abre Aspas”, ele comentou sobre a cultura do futebol de não dar tempo aos treinadores trabalharem. Embora estivesse convivendo com instabilidade de resultados, o técnico relembrou que recebeu respaldo da diretoria mas que logo em sequência “mudou tudo”.

“No futebol, a gente adoece e padece desse mal. Para mim, é meio inconcebível, o trabalho para mim não funciona. Então, no Cruzeiro não funcionaria comigo. Porque existe uma diferença muito grande daquilo que eu penso e que as pessoas talvez estejam por cima de mim pensam. Não dá para chegar na quinta-feira e falar assim: ‘Está tudo certo, isso aqui vai dar certo’. Nós empatamos um jogo contra o Grêmio, jogamos muito melhor, para ganhar de três ou quatro (gols), mas ficou 1 a 1. Aí passam mais dois jogos e na outra quinta-feira já mudou tudo. Não dá”, lamentou o treinador.

Diniz foi demitido ainda no começo de 2025 depois de apenas três rodadas do Campeonato Mineiro. Ele destacou que o que aconteceu com ele é cultural e impede o desenvolvimento do futebol.

“Eu fiquei no Cruzeiro. Aí deu uma semana de campeonato e eu estava fora. Isso acontece com os outros por aí. Começa o Brasileiro, tem uma rodada e aí você demite o cara. Não tem racionalidade! É destratar o jogo de futebol. Você não está agradando o torcedor, você está matando a chance de torcedor de ter dias melhores porque você não aguenta sofrer, não aguenta ficar”, desabafou.

Desde que foi demitido da Raposa, Fernando Diniz ainda não assumiu um novo clube. O nome do treinador sempre é vinculado às equipes durante a dança das cadeiras, como foi no caso do Grêmio, Corinthians e Santos, por exemplo.