O Corinthians se manifestou oficialmente na segunda-feira (28) após o episódio envolvendo seus torcedores durante a derrota por 4 a 0 para o Flamengo, no domingo (27), no Maracanã. O clube divulgou nota lamentando as dificuldades enfrentadas por cerca de 50 ônibus que transportavam corinthianos de São Paulo ao Rio de Janeiro. Conforme o comunicado, os torcedores só conseguiram acessar o estádio no final do primeiro tempo da partida.
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A situação gerou grande insatisfação entre a diretoria alvinegra, que destacou o cumprimento de todas as exigências logísticas e de segurança combinadas anteriormente com os órgãos responsáveis. “O Corinthians exige respeito aos seus torcedores em qualquer praça esportiva onde atue, da mesma forma como exige que as autoridades nas redondezas da Neo Química Arena respeitem as torcidas visitantes”, afirmou o clube em sua nota oficial. Além disso, o clube informou estar em contato com as autoridades competentes a fim de formalizar denúncia e evitar novos episódios semelhantes.

De acordo com as autoridades do Rio de Janeiro, o atraso foi motivado por um problema em um automóvel na região de Duque de Caxias. Ainda segundo a justificativa, a Polícia Militar, que escoltava as caravanas de ônibus, optou por retardar a liberação para evitar encontros entre torcedores de Flamengo e Corinthians. Entretanto, a versão apresentada não convenceu parte da torcida corinthiana.
A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube paulista, também emitiu uma nota se posicionando de forma veemente. Conforme o relato, houve cumprimento rigoroso dos horários e instruções definidos para a escolta, mas o BEPE (Batalhão de Policiamento em Eventos Esportivos) teria demorado a iniciar o procedimento, contribuindo para o atraso. “É inaceitável que, mesmo com toda nossa organização e cumprimento dos horários, tentem jogar a culpa do atraso na torcida do Corinthians”, afirmou a entidade.
Além da crítica direta ao BEPE, a Gaviões da Fiel exigiu providências urgentes por parte do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, da Polícia Militar do Estado e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A torcida ressaltou a necessidade de uma análise rigorosa dos procedimentos nos jogos em que o Corinthians atue no Rio de Janeiro. “É imprescindível garantir segurança, respeito e a chegada pontual da nossa torcida”, destacou o grupo.
O episódio evidenciou mais uma vez os desafios relacionados à segurança de torcedores visitantes em grandes clássicos do futebol brasileiro. Em suma, tanto o Corinthians quanto sua torcida organizada cobram atitudes concretas e respeito às garantias mínimas para que os torcedores possam apoiar seus clubes sem enfrentar adversidades externas às quatro linhas.